Frases de Jean de La Bruyère

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O prazer mais delicado é o de dar prazer a alguém.

O amor e a amizade excluem-se mutuamente.

Um devoto é aquele que, sob um rei ateu, seria ateu.

O avarento gasta mais no dia da sua morte do que gastou em dez anos de vida, e o seu herdeiro mais em dez meses do que ele na vida inteira.

A maior parte dos homens utiliza a melhor parte da vida para tornar a outra infeliz.

A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.

Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.

É a profunda ignorância que inspira o tom dogmático.

Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.

Arrependemo-nos raramente de falar pouco, e muito frequentemente de falar demais: máxima usada e trivial, que todo o mundo sabe e que ninguém pratica.

Depois do espírito de discernimento, o que há de mais raro no mundo são os diamantes e as pérolas.

Do ódio à amizade a distância é menor que do ódio à antipatia.

O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor.

Cada virtude apenas requer um homem; apenas a amizade requer dois.

Existem pais estranhos, dos quais a vida inteira não parece ocupada senão em preparar razões para os filhos se consolarem pela morte deles.

Desejamos fazer toda a felicidade, ou, não sendo isso possível, toda a infelicidade daqueles a quem amamos.

É mais vulgar ver um amor absoluto do que uma amizade perfeita.

É preciso rirmos antes de sermos felizes, sob pena de morrermos antes de ter rido.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

As coisas maiores só devem ser ditas com simplicidade; a ênfase estraga-as. As menores precisam de ser ditas com solenidade; elas só se sustentam pelo modo de expressão, pela atitude e pelo tom.