Frases Injustas para uma Pessoa

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A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.

Fernando Pessoa
Livro do desassossego. Lisboa: Ática, 1982.

É fácil trocar as palavras, difícil é interpretar o silêncio.

O mundo é para quem pode conquistá-lo e não para quem pensa que pode conquistá-lo.

Mas quem sente muito cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma, nem fala
Fica só, inteiramente

Tão cedo passa tudo quanto passa.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema de Fernando Pessoa

Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada

Porque sentir é como o céu,
Vê-se mas não há nele que ver.

Fernando Pessoa
Poesias Inéditas (1930-1935). Lisboa: Ática, 1955.

Ah, a Esta Alma Que Não Arde

"AH, a esta alma que não arde .
Não envolve, porque ama,
A esperança, ainda que vã,
O esquecimento que vive
Entre o orvalho da tarde.
E o orvalho da manhã

Já não me importo

Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.

Nada me resta

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema do livro "Novas poesias inéditas", de Fernando Pessoa.

Os outros nunca sentem.
Quem sente somos nós,
Sim, todos nós,
Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada.

Nada? Não sei...
Um nada que dói...

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Sejamos simples e calmos,
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir ter quando acabemos!

Fernando Pessoa
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro.

Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho.

Fernando Pessoa
“O Guardador de Rebanhos”. In: Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.

Se perder um amor não se perca, se o achar segure-o.

Porque é que para ser feliz é preciso não saber?

Mudem-me os deuses os sonhos, mas não o dom de sonhar.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Presença. 1990. p. 114,7.

Sei que nunca terei o que procuro
E que nem sei buscar o que desejo,
Mas busco, insciente, no silêncio escuro
E pasmo do que sei que não almejo.

Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo. Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.

O espelho refleti certo;
só não erra porque não pensa.

Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

"Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!"