Frases Guedes
Caminho sobre a ponte da travessia final mirando a selva amazônica, observo sorrisos desesperados e pálidos, diante desse espetáculo.
Nenhum paraíso resplandece quando enfermidades corroem as raízes internas.
Conheço tua alma, não és santa, minha musa. Navegamos nesse mar de libertinagem, cobiçados e solitários. Encanta-me com teus artifícios de sereia e vamos mergulhar juntos; uma saga de dois canalhas irresistíveis.
Não é talento, são tragos de café, com aroma enfeitiçante, entrelaçados nos cachos ondulantes e sedutores dessas águas.
Nessas voltas e reviravoltas, pisando sobre tábuas rangentes, eu me acostumei com a exuberância dessas plantas; as vitórias-régias são lendas que acendem meu juízo.
Tudo que é majestoso e rústico, carrega em suas curvas os elementos poéticos essenciais para a inspiração e a construção de uma obra-prima.
Ela me mandava fotos suadas e cruas,
cada imagem um soco na alma,
eu, desejando a arte como válvula de escape,
em toda sua plenitude,
compor melodias, dar vida às telas,
mas não sou Mozart, nem Da Vinci
no fim, só me restam estas palavras banais e pesadas.
Vagueio pelos relevos dos contornos da mãe natureza
com sua floresta devastada
desolada
eu beijo cada pedaço desta terra inundada
O fogo voraz que a consome é
intenso.
Parabéns, rapaziada, pela marca
dos trinta anos, três décadas de trajetória.
As canções de rádio do velho boteco ganham significado agora.
Esse rosto teu
quero-o eterno na minha jornada
em telas manchadas
traços borrados
em rochas esculpidas
em filmes sem censura
ou nas linhas sujas dos meus contos mais obscenos.
Minha missão nas entranhas do tempo ?
Não trilhar sozinho na mata densa, no caminho coberto de folhas caídas, em direção aos corredores do hospício.
Quero escapar rumo ao mar
perder-me na brisa que abraça
perseguir outras essências
busco a nostalgia que dilacera o coração.
Preciso de um abraço que me faça sentir vivo, como nunca antes
daqueles que só uma mulher como tu faz ferver em mim como inferno
quero te ver
encarar teus olhos...
Não se aflija, ô minha paixão em ruínas.
Um dia alguém guardará tua santidade
enquanto eu persisto aqui
cultivando tuas depravações...
Daqui a décadas
será que as caninas desvairadas do amanhã
vão escavar a terra para roer meus
ossos enquanto fumam meus versos, como se fossem viciadas em nicotina, buscando o que restou de mim?
Se todos nós, miseráveis deste planeta
fôssemos esculpidos à imagem e semelhança dos galãs e heroínas de Hollywood
a atração dos corpos exigiria uma carga adicional intelectual
mais devastadora.
Teu arsenal fotográfico é uma overdose de êxtase visual.
Teus fios de cabelo atrevidos são versos ainda não rascunhados por mim.
Tu és a sereia cantando ao meu olhar, enquanto eu me afundo no teu feitiço virtual.
assobio com palavras.