Frases Góticas

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A vida pode ser, de fato, escuridão se não houver vontade, mas a vontade é cega se não houver sabedoria, a sabedoria é vã se não houver trabalho e o trabalho é vazio se não houver amor.

No palco, na praça, no circo, num banco de jardim, correndo no escuro, pichado no muro... Você vai saber de mim.

O mais triste de um passarinho engaiolado é que ele se sente bem.

Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.

Minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Estar quieta não significa que estou triste, assim como estar sorrindo não quer dizer que eu esteja feliz. Isso é tudo interpretação sua.

Eu choro, sofro, fico triste e tenho vontade de sumir, mas jamais irei baixar a cabeça. Os problemas não irão me abalar, eu tenho fé e força, meus sonhos são grandes o bastante para me motivar a seguir em frente, sempre!

Eu sou uma chama acesa! E rebrilho e rebrilho toda essa escuridão.

Clarice Lispector
A bela e a fera. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho do conto A bela e a fera ou A ferida grande demais.

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Triste quando uma pessoa não sabe o que fazer com o frio na barriga e decide esfriar também o coração.

É preciso ter tristeza. Tristeza não é ruim. Quase todo mundo só quer escutar musiquinhas alegres, ir dançar em lugares barulhentos, ficar falando o tempo inteiro. Porque eles tem medo da tristeza. Mas não é a tristeza que mata.

Fernanda Young
A sombra das vossas asas. São Paulo: Objetiva, 1997.

É triste quando você percebe que não é tão importante para alguém como você pensou que era.

Não é triste? perguntou. Você não se sente só? (...) sorriu forte: a gente acostuma.

É triste esquecer um amigo. Nem todo mundo tem amigo.

Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.

Clarice Lispector
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Nota: Trecho do conto Restos do carnaval.

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Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

Triste de quem não conserva nenhum vestígio da infância.

Eu trocaria absolutamente tudo da minha vida pra viver um amor de verdade. Tô tão cansada e triste.

And so being young
and dipped in folly,
I fell in love
with melancholy.

Não estava abatida de chorar. (...) E sua tristeza era um cansaço grande, pesado, sem raiva.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Um poeta é um rouxinol que se senta na escuridão,
e canta para se confortar da própria
solidão com seus próprios sons.
Seus ouvintes são homens arrebatados
pela melodia de uma música invisível,
que se sentem comovidos e em paz,
ainda que não saibam
como nem porquê.