Frases de Gabito Nunes
Eu queria ter mãos pra segurar tudo com firmeza e não deixar nada escapar, ao menos uma vez.
(Espera, eu vou contigo)
Você sorri e me parte em duas. O lado A que deseja dar tudo fácil; e o lado B, que pede pra receber alguma coisa em troca, se por acaso algo rolar. Obrigada.
(Espera, eu vou contigo)
Sabe, embora às vezes pareça, algumas pessoas - aquelas bonitas como nuvens em dia de vento solar - não são assim, tão impossíveis de tocar.
(espera, eu vou contigo)
Fica li, desafiando você mesma, querendo saber o que, afinal de contas você quer. Não pra essa noite, mas pro resto da vida. Mas é só uma suposição, nunca estive lá, só gosto de imaginar assim.
(Você, você, você, você, você)
Eu menti porque você – sendo você – projetaria milhões de medos e fantasias e paranoias e fantasmas do passado em cima de um acontecimento tão trivial. Eu menti porque eu sabia que você faria essa tempestade de lágrimas e acusações infantis. Eu menti porque eu sei como você é.
Não existe motivo para pânico. Você age como se eu quisesse descarregar um caminhão de mudança na sua sala de estar. Por enquanto eu só quero te chamar pra sair.
Sou cínico a respeito do amor. Já testei essa coisa algumas vezes e concluí em todas elas que o processo envolve muito mais sofrimento, mentiras e desilusão do que a poetização inicial consegue supor.
Eu quero você. Tudo que eu quero é você – tentei, mas não fui capaz de dizer isso sem aparentar alguma letra detestável do Bono Vox. Acho que não há um outro meio de dizer que você quer muito alguém sem plagiar o U2.
Quando você fez tudo o que foi preciso e ainda assim não foi o bastante, é isso que eu chamo de impossível. Não adianta, é só teimosia, nosso amor só funciona na horizontal.(Um idiota pra chamar de meu)
Aparentemente, é assim que se faz. Mentimos quando queremos muito uma coisa. Mentimos quando não queremos mais uma coisa. Mas tudo bem, a vida é minha, eu deixo ele fazer o que quiser com ela. (Um idiota pra chamar de meu)
Sem essa de fazer besteiras às pencas por confundi-las com felicidade, isso é credencial pra ser imbecil. O certo e o errado nascem pra todos. Nada de mostrar meus dentes tortos e urrar na fuça alheia a maior injustiça sobre o cio da terra: a mediocridade.
Ficamos ambos parados e quietos, pensando muito. Eu e meu punho cerrado e apoiado na bochecha, você futucando alguma coisa no cotovelo com a cara séria e entediada. Como numa cena de fluxo lento. Fazia muito tempo que a gente não se via depois que tudo deu errado.”
Não quero ser um amante. Não que eu queira casar também, ou me meter com alguém. Não quero nada. Nada com nada. Por isso estou aqui, eu acho. Pura distração.
(Nunca mais li poesia pra ninguém)