Frases de Fernando Pessoa e seus Heterônimos
Que a consciência da própria inimportância é o acume do conhecimento da vida.
Que homem de gênio não é obcecado por um sentido de missão?
A ação aperfeiçoadora de um amor puro, seja ele por uma mulher ou por um rapaz, é um dos encantos do mundo.
Eu gosto tanto de ti que tenho vergonha de mim. Há todas as razões boas para eu não gostar de ti, menos a de eu não gostar, porque gosto. É fantástico a gente sentir o que não quer e ter um coração independente.
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente
Cada dia sem gozo não foi teu
Cada dia sem gozo não foi teu
Foi só durares nele. Quanto vivas
Sem que o gozes, não vives.
Não pesa que amas, bebas ou sorrias:
Basta o reflexo do sol ido na água
De um charco, se te é grato.
Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
A natural ventura!
Temo, Lídia
Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude.
Fora do conhecido é estranho o passo
Que próprio damos. Graves numes guardam
As lindas do que é uso.
Não somos deuses; cegos, receemos,
E a parca dada vida anteponhamos
À novidade, abismo.
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente, fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
Enlacemos as mãos...
Nota: Trecho de poema de Fernando Pessoa (heterônimo Ricardo Reis).
Coroai-me de rosas,
Coroai-me em verdade,
De rosas —
Rosas que se apagam
Em fronte a apagar-se
Tão cedo!
Coroai-me de rosas
E de folhas breves.
E basta.
Mas tal como é, gozemos o momento,
Solenes na alegria levemente,
E aguardando a morte
Como quem a conhece.
Destino
Abra os seus olhos e a escolhar do Presente e a verdade do tempo, e o Destino e apenas segundos de um pensamento, até você criar ele, e abrir seu próprio destino...
Ilusão
Em um tempo de Ilusões, acreditar no Amor e Amar vendo ele na vida real, e a pior dor que existir mas criar uma ilusão na vida real caber você saber entre os lados que viver
Sempre o mais verme dos vermes, a mais química célula viva
Terá mais vida, mais Deus, que toda a vida dos meus versos
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueço de ti.
É um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi.