Frases Fernanda Montenegro
O teatro e a educação devem caminhar juntos; educar não é só ensinar a ler e escrever, é ensinar a pensar e sentir mundo de outras formas.
Tenho um otimismo realista, porque a condição humana é falha. Todos nós somos atores nesse palco que é o mundo.
Se me incomodasse tanto o ser humano me solicitando, eu deixaria de me exibir, ficaria dentro de minha casa e procuraria um trabalho num laboratório de pesquisas químicas, por exemplo.
Investir em cultura não é caridade: é uma parceria que ajuda a projetar o Brasil internacionalmente.
Esta palavra, “velha”, bem, deveriam inventar outra porque ela já vem contaminada de coisas como a decadência, a finitude. Os velhos são produtivos, apesar de terem uma sociedade que só cultua o novo.
Eu penso na finitude, porque está perto. Tenho menos tempo adiante do que aquele que já passou. E isso não é uma festa. Na hora de ir, eu vou ter pena. Eu gosto muito da vida, o que eu vou fazer?
Uma mãe vive preocupada. Quando eles estão bem, penso: “Agora está tudo bem, mas e depois?” Existe uma calma. Mas é uma calma em atenção.
Nosso ofício, falo de teatro, não nos deixa provas. A posteridade não nos conhecerá. Quando um ator pára o ato teatral, nada fica. A não ser a memória de quem o viu. E mesmo essa memória tem vida curta.
Não existe educação sem cultura. A educação é um esqueleto, a cultura é a carnificação desse esqueleto.
Santo Agostinho dizia que “se você duvida, é porque você crê”. Essa frase põe a gente no colo. Então creio, tenho fé.