As pessoas são muitas vezes escravas da sua arbitrariedade, mesmo em si próprias; mas é espantoso que elas saibam tão raramente aplicar a sua vontade.
Muita gente há que não se arrepende verdadeiramente senão das suas boas acções.
Com os anos, perdemos o uso de muita coisa boa, incluindo a consciência.
O livre pensamento não passa muitas vezes de uma crença, que nos dispensa da fadiga de pensar.
O mistério em que envolvemos os nossos desígnios revela muitas vezes mais fraqueza do que discrição, e com frequência prejudica-nos mais.
Embora os homens se gabem dos seus grandes feitos, estes, muitas vezes, são consequência, não de um forte desígnio, mas do acaso.
Acontece muitas vezes que somos estimados na proporção em que nos estimamos a nós mesmos.
A memória é muitas vezes a qualidade da estupidez; ela caracteriza geralmente os espíritos pesados, os quais torna ainda mais pesados, mercê da bagagem com que os sobrecarrega.
Muitas obras dos antigos tornaram-se fragmentos. Muitas obras dos modernos já nascem como tal.
Há muitas ocasiões em que os ricos e poderosos invejam a condição dos pobres e insignificantes.
À pobreza faltam muitas coisas, à avareza falta tudo.
O amor é apenas uma entre muitas paixões.
Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor.
Não é a fortuna, mas juízo somente, o que falta a muita gente.
A maior desgraça que pode acontecer a qualquer escrito que se publica não é muitas pessoas dizerem mal, é ninguém dizer nada.
À pobreza faltam muitas coisas, à avidez falta tudo.
A razão dos filósofos é muitas vezes tão extravagante como a imaginação dos poetas.
Muitas vezes uma cidade inteira pagou por um homem mau.
Muitas ideias crescem melhor se plantadas noutro cérebro do que no cérebro que lhes deu origem.
Os pobres divertem-se com pouco dinheiro, os ricos enojam-se com muita despesa.
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