Mas o que é a vida sem um "Q" de loucura...
Sem uma pitada de devaneios?
Sem o frio na barriga de ter que arriscar...
Sem aquele frio na espinha com "medo de errar"?
E aquele senhor poeta
Que anda bêbado na rua,
(...) Contenta-se com tão pouco
Porque diz, bêbado e rouco
Que os seus poemas de louco
Poderão salvar o mundo!
Pra ser louco é bom tá sóbrio
Sem roupa de artista na cena, sensível ao vento
De front pro leão nessa arena, sem medo de nada
Com o pote vazio de moeda, a fome do mundo por dentro
Fedendo a mijo, com a alma lavada