Frases de Vinícius de Moraes
Já dizia Vinícius de Moraes em seu soneto: "que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure", e eu acrescento ao final, pensando em você, com as palavras "e que dure para sempre", porque honestamente, quero uma vida inteira ao seu lado e que a mesma, dure para sempre...
Sou Mario Quintana, Sou Pablo Nerruda, Sou Vinícius de Moraes, Sou Fernando Pessoa e tantos em um
Mas sou singular
Sou a noite em silêncio perverso
Sou a intensidade da linhas
Sou a pluralidade caótica da minha personalidade
Sou vastidão do mares
Sou maresias das aventuras mais loucas.
" ... Quem já passou por essa vida e não viveu. Pode ser mais, mas sabe menos do que eu... Porque a vida só se dá, para quem se deu. Para quem amou, para quem chorou, para quem sofreu. Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada não! Não há mal pior do que a descrença, mesmo amor que não compensa, é melhor que a solidão..."
A anunciação
Virgem! filha minha
De onde vens assim
Tão suja de terra
Cheirando a jasmim
A saia com mancha
De flor carmesim
E os brincos da orelha
Fazendo tlintlin?
Minha mãe querida
Venho do jardim
Onde a olhar o céu
Fui, adormeci.
Quando despertei
Cheirava a jasmim
Que um anjo esfolhava
Por cima de mim...
Menininha do meu coração
eu só quero você
a três palmos do chão.
Menininha não cresça mais não,
fique pequenininha
na minha canção,
senhorinha levada
batendo palminha
fingindo assustada do bicho-papão...
Menininha que graça é você
uma coisinha assim
começando a viver..."
Natureza
A tarde em sua pagela
A natureza os pássaros
Uma flor tão bela
Cheiro de mato brisa suave
Perfume de jasmim
Completamente me invade
Chegando a noite
Os grilos estridulam
Ao brilho do luar
As lagartas acasulam
Enfim nasce o sol
Os campos brancos com orvalho
Insetos caminham pelo trio
Desenhando seus atalhos
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenininha
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina.
A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar.
O bico de pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte.
Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai sem cuidado
Dorme, que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter.