Deus é a substância de tudo,
e tudo é Sua manifestação.
O vazio não é
a ausência de Deus,
mas a Sua invisibilidade.
Quem ora a Deus,
ora a si mesmo.
E faz milagres
como um Deus finito.
A cada dia que acordamos, começa a eternidade.
O povo é um rebanho sempre a procura de um pastor. Mas, quase sempre, não sabe escolher o pastor.
O verdadeiro mago é quem faz de sua vida um contínuo encantamento.
A ignorância é também uma das causas da tranquilidade.
Se pudéssemos prever tudo, perderíamos o prazer do inédito.
O presente nunca é puro:
há sempre as nódoas do passado.
Um dia, volveremos ao infinito.
Onde estaremos? E o que seremos?
O nada do infinito não responde,
pois não há ninguém para escutar.
De tudo somos possuídos:
coisas, pessoas e idéias.
Mas só a morte nos possui de vez.
O passado cresce como musgo
nas paredes do presente,
até que não haja paredes
livres para o presente.
Até que não haja presente
e nem existam paredes.
Nada há que segurar.
O vazio é que sustenta
mundos,
seres
e coisas.
Os livros estão extinguindo
as árvores.
Temos livros de mais
e árvores de menos.
O homem inventou a igualdade.
Na natureza tudo é desigual.
A perfeição é invenção geométrica.
A ordem do mundo é o caos mutante.
A criação é sempre nova:
só acontece uma vez.
Se você aprender a ver
nunca mais dirá que o mundo
é o mesmo o tempo todo.
Um dia, morreremos
(ou acordaremos?).
E, se acordarmos,
o que seremos?
O acaso é um deus imprevisível.
Mas Deus é previsível?
Tortura tecnológica
para manter quase vivo
o que quase morto está.
Todos vigiam e são vigiados.
Eis o que é segurança.
E a liberdade?
A cada dia basta a sua própria verdade.
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