Frases de um sábio

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Observou-se mal a vida se não se tiver visto também a mão que, de uma maneira especialmente cuidadosa - mata.

Ter-se vergonha da sua imoralidade: é um degrau na escada em cujo extremo se tem também vergonha da nossa moralidade.

O aforismo, a sentença, nos quais pela primeira vez sou mestre entre os alemães, são formas de «eternidade»: a minha ambição é dizer em dez frases o que outro qualquer diz num livro -, o que outro qualquer «não» diz nem num livro inteiro....

Não há outro critério da verdade senão o crescimento do sentimento de poder.

A nossa vaidade gostaria que o que fazemos melhor fosse considerado como aquilo que mais nos custa. Para explicar a origem de certas morais.

Devemos ter uma boa memória para sermos capazes de cumprir as promessas que fazemos.

Se temos que mudar de opinião a respeito de alguém levamos-lhe muito a mal o incómodo que assim nos causa.

Onde amor e ódio não concorrem ao jogo, o jogo da mulher torna-se medíocre.

O amor por um só é uma barbaridade: porque se exerce à custa de todos os outros. O mesmo quanto ao amor por Deus.

O filósofo, como o entendo, é um explosivo terrível na presença do qual tudo está em perigo.

Em certas pessoas, o alegrar-se com um elogio é apenas uma delicadeza do coração - e precisamente o contrário de uma vaidade do espírito.

Quem atinge o seu ideal, ultrapassa-o precisamente por isso.

Comparando no seu conjunto homem e mulher pode dizer-se: a mulher não teria engenho para se enfeitar se não tivesse o instinto do papel «secundário» que desempenha.

«O nosso próximo não é o nosso vizinho, mas o vizinho deste» - assim pensam todos os povos.

Um povo é o rodeio da natureza para chegar a seis ou sete grandes homens. - Sim: e para depois se desviar deles.

Com os princípios quer-se tiranizar os hábitos, ou justificá-los ou honrá-los ou injuriá-los ou escondê-los: dois homens com princípios iguais querem, verossimilmente, atingir com eles algo de fundamentalmente diferente.

Falar muito de si mesmo pode ser também um modo de se esconder.

Friedrich Nietzsche
Além do bem e do mal. São Paulo: Companhia de Bolso, 2005.

Como fenômeno estético, a existência é sempre, para nós, suportável ainda.

Em homens duros a intimidade é questão de pudor - e algo de precioso.

O criminoso não está, muitas vezes, á altura do seu ato: amesquinha-o e difama-o.