Frases de um sábio
Não te acovardes diante de tuas ações! Não as repudies depois de consumadas! O remorso da consciência é indecente.
O pior inimigo, todavia, que podes encontrar, és tu mesmo! Lança-te a ti próprio nas cavernas e nos bosques. Solitário, tu segues o caminho que te conduz a ti mesmo! E o teu caminho passa por diante de ti e dos teus sete demônios.
Quem luta com monstros deve se cuidar, pois, ao fazê-lo, pode se transformar também em monstro. E você se olhar durante muito tempo para um abismo, o abismo também olhará para dentro de você.
É difícil evitar que nossas visões mais elevadas pareçam loucuras e por vezes até crimes, quando chegam a ouvidos que não são capazes de compreendê-las.
O sedutor involuntário
Atirou no ar palavras vazias,
Por distração — e abateu assim uma mulher.
Não é a maneira como uma alma se aproxima da outra, mas na maneira como se afasta que reconheço seu parentesco e afinidade com a outra.
O mundo gira, não ao redor dos inventores de estrondos novos, mas à roda dos inventores de valores novos: gira sem ruído.
Chamamos espírito livre aquele que pensa de outro modo do que podia se esperar de sua origem, de suas relações, de sua situação e de seu trabalho ou das opiniões reinantes em seu tempo.
Começa-se por desaprender de amar os outros e termina-se por não encontrar nada mais digno de amor em si mesmo.
De todo o escrito só me agrada aquilo que uma pessoa escreveu com o seu sangue. Escreve com sangue e aprenderás que o sangue é espirito.
Não enfrentes monstros sob pena de te tornares um deles. Se contemplas o abismo, a ti o abismo também contempla.
Sem vaidade
Quando amamos, queremos que nossos defeitos permaneçam ocultos — não por vaidade, mas para que o ser amado não sofra. Sim, aquele que ama gostaria de parecer um deus — e também isso não por vaidade.
( do livro em PDF:100 aforismos sobre o amor e a morte )
Todos falam de mim quando estão sentados à noite à roda do lar; falam de mim, mas ninguém pensa em mim.
Todo grande amor traz consigo o cruel pensamento de matar o objeto do amor, para subtraí-lo de uma vez por todas ao sacrílego jogo da mudança: pois o amor tem mais receio da mudança que do aniquilamento.
Reduzir uma coisa desconhecida a outra conhecida alivia, tranquiliza e satisfaz o espírito, proporcionando, além disso, um sentimento de poder.