Frases de poetas famosos

A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta.

Fernando Pessoa
Erostratus. in: Páginas de Estética e de Teoria Literárias. Lisboa: Ática, 1966.

Não sou nada,
Não posso ter nada,
Não quero ter nada,
À parte isso,
Tenho todos os sonhos do mundo.

Para quê olhar para os crepúsculos se tenho em mim milhares de
crepúsculos diversos - alguns dos quais que o não são - e se, além de
os olhar dentro de mim, eu próprio os sou, por dentro?

A teia de nossa vida é composta de fios misturados: de bens e de males. Nossas virtudes se tornariam orgulhosas sem os açoites de nossos defeitos, como os nossos vícios desesperariam, se não fossem alentados pela virtude.

Y
Fase do encantamento - É quando o romantismo
esta à flor da pele. A admiração é muito grande
(o máximo), a sensação dos recém casados é
uma delícia.

Quando jura ser feita de verdades,
Em minha amada creio, e sei que mente,
E passo assim por moço inexperiente,
Não versado em mundanas falsidades

A morte é quando finalmente podemos estar deitados com sapatos.

Mais aguçada do que os dentes de uma serpente é a ingratidão de um filho. (Rei Lear)

Alguns nascem grandes, outros alcançam a grandeza, e alguns têm a grandeza.

Não podemos todos ser mestres.

Mas se alguma coisa haviam aprendido juntos era que a sabedoria nos chega quando já não serve para nada.

Gabriel García Márquez
O Amor nos Tempos de Cólera

Sinto, por vezes, um temor espantado das minhas inspirações, dos meus pensamentos, compreendendo quão pouco de mim é meu.


(aforismos e afins)

"Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não leem."

(Mário Quintana)

Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

"⁠Ame-me ou odei-me,ambas estão ao meu favor: Se você me ama,eu vou estar sempre no seu coração,se você me odeia,eu vou estar sempre na sua mente".

Ah, meu maior amigo, nunca mais
Na paisagem sepulta desta vida
Encontrarei uma alma tão querida
Às coisas que em meu ser são as reais.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Poesias Inéditas (1930-1935). Lisboa: Ática, 1955 (imp. 1990).

Cansa tanto viver! Se houvesse outro modo de vida!…

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Aquele que não desejar morrer hoje comigo, não pode ser chamado de meu irmão.

Há qualquer coisa
de longínquo em mim neste momento.
Estou de facto à varanda da vida,
mas não é bem desta vida.
(...)
Sou todo eu uma vaga saudade,
nem do passado,
nem do futuro:
sou uma saudade do presente,
anônima,
prolixa e incompreendida.

O fantasma é um exibicionista póstumo.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.