Frases de poetas famosos

Eu me esqueci no armário.
Pensei estar vivendo,
estudando, trabalhando, sendo!
Pensei ter amado e odiado,
aprendido e ensinado,
fugido e lutado,
confundido e explicado.
Mas hoje, surpreso,
me vi no armário embutido
calado, sozinho, perdido, parado.

A vida de uma pessoa não é o que lhe acontece, mas aquilo que recorda e a maneira como o recorda.

A vida é uma sombra errante; um pobre comediante que se pavoneia no breve instante que lhe reserva a cena, para depois não ser mais ouvido. É um conto de fadas, que nada significa. Narrado por um idiota cheio de voz e fúria.

Família desencontrada

O verão é um senhor gordo sentado na varanda reclamando cerveja. O inverno é o vovozinho tiritante. O outono, um tio solteirão. A primavera, em compensação, é uma menina pulando corda.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

De que servem cabelo e manto impecáveis, ó tolo? Tudo dentro de ti está confuso e, no entanto, penteias a superfície. (Hamlet)

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema Arte de Amar.

Um lugar só é bom quando a gente pode fugir para outro lugar.

A vida é um tempo.

Ser solitário para ser sincero e puro na alma. O homem ente coletivo - é um ser corrupto.

Que faria o homem se não risse?

Sofrer no Presente uma dor do Passado só fara você criar uma nova dor para sofrer no Futuro.

Antes, todos os caminhos iam.
Agora todos os caminhos vêm.
A casa é acolhedora, os livros poucos.
E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.

Oh, desgraçada de mim, que vi o que vi, vendo o que vejo!

Nunca releio meus livros, porque me dá medo.

“Quando eu quis
tirar a máscara
ela estava pregada à cara.
Quando enfim tirei
e me vi no espelho
já tinha envelhecido muito”.
(Mar Português)

A timidez é o mais vulgar de todos os fenômenos. O que há de mais vulgar em todos nós é termos medo de sermos ridículos…

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Que de sua jovem e imaculada carne possam brotar violetas.

O grande livro que sempre me valeu e que aconselho aos jovens, um dicionário. Ele é o pai, é tio, é avô, é amigo e é um mestre. Ensina, ajuda, corrige, melhora, protege. Dá origem da gramática e o antigo das palavras. A pronúncia correta, a vulgar e a gíria.

Cora Coralina

Nota: Trecho do poema "Voltei", do livro "Vintém de cobre: meias confissões de Aninha". 6ª ed., São Paulo: Global Editora, 1997, p. 127.

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Como é ridículo o amor... alheio!

O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.