Frases de poetas famosos

Ninguém pode calcular a potência venenosa de uma palavra má num peito amante.

O poder da beleza transforma a honestidade em meretriz mais depressa do que a força da honestidade faz a beleza se assemelhar a ela.

Não amam os que não mostram seu amor.

O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo... Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.

Mario Quintana
Caderno H. Globo Livros. 2006

Se beijar fosse crime e amar fosse pecado o céu estaria vazio e o inferno estaria lotado.

Manuel Bandeira

Nota: Autoria não confirmada

Pobre aquele amor que se é descrito e
que pode se medir.

À todos, teu ouvido; a voz, a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio.

Conhecer a si mesmo e aos outros ...Ver o mal com mais clareza...ó triste e doloroso dom!
E sofrer mais que todos, no final sem o consolo de ter sido bom...

Somos escravos das nossas paixões.

Nada em si é bom ou mau; tudo depende daquilo que pensamos.

William Shakespeare
Hamlet - Cena II, Ato II

No dia em que a merda tiver algum valor, os pobres nascerão sem cu.

Gabriel García Márquez

Nota: Autoria não confirmada.

Que suave é o ar!
Como parece
Que tudo é bom na vida que há!
Assim meu coração pudesse
Sentir essa certeza já.
Mas não; ou seja a selva escura
Ou seja um Dante mais diverso,
A alma é literatura
E tudo acaba em nada e verso.

I pray thee, gentle mortal, sing again.
Mine ear is much enamored of thy note.
So is mine eye enthrallèd to thy shape.
And thy fair virtue’s force perforce doth move me
On the first view to say, to swear, I love thee.

"Passar pelas suas alegrias e angústias como quem passa por quem não lhe interessa."

Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.
Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Meu Quintana"

E nós não nos peruntávamos para que era aquilo, porque gozávamos o saber que aquilo não era para nada.

O meu ideal seria viver tudo em romance, repousando na vida - ler as minhas emoções, viver o meu desprezo delas.

Lá fora passarão civilizações, escacharão revoltas, turbilhonarão festas, correrão mansos quotidianos povos.. E nós, ó meu amor irreal, teremos sempre o mesmo gesto inútil, a mesma existência falsa.

Seja onde estiver e a monotonia da vida cotidiana será para mim como a recordação dos amores que me não foram advindos ou dos triunfos que não haveriam de serem meus.

Nenhum progresso medra onde não há também prazer.