Frases de poetas famosos

Conhecer o mistério de um corpo é talvez mais importante do que conhecer o mistério de uma alma.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Se tratarmos as pessoas como merecem, nenhuma escapa ao chicote. Trata-os da forma que consideras tua própria medida.

Ah, a Esta Alma Que Não Arde

AH, a esta alma que não arde .
Não envolve, porque ama,
A esperança, ainda que vã,
O esquecimento que vive
Entre o orvalho da tarde.
E o orvalho da manhã

Basta existir para se ser completo.

A imaginação é a memória que enlouqueceu.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Pergunto-me por que o uivar de lobos, os trovões, os raios constituem o pano de fundo para as cenas de horror. Pois, quando o medo é muito, faz-se um silêncio na alma. E nada mais existe.

Navegar é preciso; viver não é preciso.

A recordação é uma traição à natureza,
Porque a natureza de ontem não é natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.

Ah, sempre que se sonha alguma coisa
tem-se a idade do tempo em que a sonhamos:
Me esqueci do futuro...

Não sejas muito justo, e nem utilize sua sabedoria mais que o necessário, para que não venhas a ser estúpido.

Mario Quintana

Nota: Adaptado do Eclesiastes

Por que é que, pra ser feliz,
É preciso não sabê-lo?

Que sei eu do que serei eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!

Do Mau Estilo...

Todo o bem, todo o mal que eles te dizem, nada
Seria, se soubessem expressá-lo...
O ataque de uma borboleta agrada
Mais que todos os beijos de um cavalo.

A verdadeira coragem consiste, apenas, em não nos importarmos com a opinião dos outros. Mas como custa!

Não há normas. Todos os homens são excepções a uma regra que não existe.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Irene no Céu

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Estrela da Manhã, 1936

A caixa que não tem tampa
Fica sempre destapada
Dá-me um sorriso dos teus
Porque não quero mais nada.

Há uma cor que não vem nos dicionários. É essa indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação...a cor do tempo.

A mágoa é o veneno que se toma, pretendendo matar o outro.

Refugiei-me na poesia com ferocidade de tímido.

Pablo Neruda
Confesso que vivi