Frases de poetas famosos

Chorar velhos amigos que perdemos não é tão proveitoso e saudável como nos alegrarmos pelas novas aquisições de amigos.

No mesmo instante em que recebemos pedras em nosso caminho,
flores estão sendo plantadas mais longe.
Quem desiste não as vê.

Eu sou aquilo que perdi.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado do poema "Passos da Cruz", de Fernando Pessoa (ortônimo). Link

Se a música é o alimento do amor não parem de tocar. Dêem-me música em excesso; tanta que, depois de saciar, mate de náusea o apetite.

Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Meus poemas preferidos, São Paulo: Ediouro, 2002

A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram.

Biografia

Era um grande nome - ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele.

Dou valor as coisas, não por aquilo que valem, mas por aquilo que significam.

Tudo é questão de despertar sua alma.

Gabriel García Márquez
Cem Anos de Solidão

Nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática. 1946 (imp.1994). P. 133

O Bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira
Belo Belo, 1948

Dormir, dormir... talvez sonhar...

O orgulho devora a si mesmo.

Consiste a monstruosidade do amor...
Em ser infinita a vontade, e limitados
os desejos, e ato escravo do limite...

E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão.

Sabemos o que somos, mas ignoramos o que podemos nos tornar.

Duvide do brilho das estrelas
Duvide do perfume de uma flor
Duvide de todas as verdades
Mas nunca duvide do meu amor.
[Adaptação Hamlet]

Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia.

Te amo, beijo em tua boca a alegria.

Pablo Neruda
Cem sonetos de amor

Nota: Trecho de "Soneto LXXVIII"

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