Frases de poema

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⁠Eu escrevo isto como um desabafo sobre eu estar perdido.
Perdido num lugar aonde ninguém consegue me encontrar,
Perdido numa escuridão que nem mesmo consigo me achar,
Mais mesmo perdido eu continuo a sobreviver enquanto não consigo viver e nunca irei ceder a essa vontade de morrer.
Por enquanto irei sobreviver para um dia conseguir viver.

Inserida por tioblackAHC

⁠Eu não queria que houvessem construções...
Casas ou ruas pavimentadas
eu não queria!
Eu queria que fosse tudo árvore
E que morássemos na árvore...
Queria que o mundo fosse mato!
Que só ficassem de pé
os museus
os teatros
as bibliotecas públicas
os templos religiosos que pregassem o amor e a caridade...
E as casas de chocolate!

Inserida por bill_oliveira_william

⁠Como se fosse Eva
Dominou meu Éden coração
Que já foi como uma selva
Diverso porém sem habilitação

De longo seu cabelo cacheado
E olhar de se deixar extasiado
Teu sorriso de menina moça
Que não te deixa perder a força

Assim a vejo
De graciosidade arrebatadora
Porém eu,simples sertanejo
Apenas pude usá-la como musa inspiradora

Inserida por JNLFilho

Querer fingir ignorar o amor (quando ele já tomou-nos de nós mesmos) é não somente burrice, mas também perda de tempo e de vida, porque ele vai ficar ali, adormecido em nosso peito, dissimulando-se de morto, esperando apenas uma oportunidade ou fraqueza da nossa parte para poder despertar ou ressurgir ainda mais vigoroso do que nunca.

Inserida por Atsoceditions

⁠o amor
na realidade é o que todos procuram
viver sem amor é só sobreviver
no fundo somos todos carentes de proteção e carinho
talvez pelo simples motivo de estarmos vivos
onde fomos jogados sozinhos
nesse mundo cheio de dores, perdas, e buracos a serem preenchidos
vivemos procurando algo que preencha esse vazios.

Inserida por luanyreis

⁠CHORO

Cachoeira salgada
Delicado declínio
Se forma pingada
Me afoga em fascínio.

Cada alma que escorre
Na saliência do rosto
Num lenço se morre
Cada uma a seu gosto.

São almas que saem
É corpo que fica
Na mente que moro.

Lágrimas caem
Lembrança é rica
E por isso choro.

Inserida por ManuelOvelha

⁠⁠A CARECA

Brilhante obra alva
Do vácuo feito em novelos
Grande cabeça calva
De ideias e de cabelos.

Universo velho sisudo
Cabeça nova p3lada
Ele abraça tudo
Ela reflete nada.

A careca não tem vista
Nem orelha
E nem língua.

Ela é a dor do artista
Da centelha
Que só míngua.

Inserida por ManuelOvelha

⁠RECURSOS NATURAIS

Somos podados todos os dias.
Arrancam os nossos frutos
E não nos dão nem um pedaço.

Somos podados todos os dias.
Sugam toda a nossa seiva
E deixam nossas feridas abertas.

Somos podados todos os dias.
Destroçam as nossas raízes
E nos vendem em pedaços.

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠MUITO ALÉM DO OLHAR

Quando eu era pequeno,
assim que acordava,
permanecia de olhos fechados,
vislumbrando estradas
que se (me) confundiam.

Naquele tempo, não sabia
qual caminho escolheria.
Tudo me parecia
confuso e distante...
(E ainda me parece!)
Nesta tortuosa travessia
denominada vida.

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠BIOGRAFIA

Nasci em um lugar qualquer,
Compondo versos para velhos conhecidos.
Vendi mil livros para a Terra de Ninguém.
Fui premiado com o Troféu Abacaxi.
Fundei a Academia de Letras
Do povoado Cafundó do Além.
Fui traduzido para todas línguas mortas
E lido por fãs imaginários.

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠AINDA SOU UMA CRIANÇA

Ainda sou uma criança com medo,
Escondida em um corpo de adulto.
O tempo passou por mim
E eu não percebi.
Não me tornei um jovem,
Nem me tornei adulto.
Permaneci o mesmo –
Invariável presença do ser.

Ainda sou uma criança com medo,
Essencialmente eu.

(Guilherme Mossini Mendel)

O QUE HÁ LÁ NO ALTO?

As nuvens brincam
De adivinhação
Quando as crianças
Olham para elas.

Assim, viram ovelhas,
Viram vacas,
Viram tudo aquilo
Que você imaginar.

Mas elas choram
Quando essas crianças
Não brincam com elas.
É o medo da solidão.

É o que acontece quando chove.

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠Não sei quem sou nem pronde vou
não sei onde estou nem quero estar
estar algures onde não sei
mas que me dei Paz para estar.

Estou cansado de existir sobreviver e reclamar
quero viver me dar prazer
ser feliz poder amar.

Talvez o amor sossegue a dor me dê razão me cure a alma.

Inserida por BABART

⁠ Lua

Senhora das minhas certezas
O sol a terra te apresenta
Com a certeza exemplar
Que fase mais bela
Parceira dos poetas
Fiz com a lua um contrato
Ela me inspira
Devolvo a inspiração
Em forma de poesia
E tem dado muito certo
Essa parceria.

Inserida por claudio_vieira

⁠Ela precisa descansar.
Descalçar os pés e caminhar na areia da praia.
Ela precisar se arrumar.
Organizar os pensamentos e sentimentos que tiram o sono.
Ela precisa transbordar.
Esvaziar o suficiente para se encher do que que faz bem.
Ela precisa amar.
Apreciar cada detalhe de sua própria história.

Inserida por ArianyVieira

⁠Desgosto da saudade.
Ela sempre me traz lembranças de um momento feliz que não se repetirá.
Traz também a realidade do agora.
Aos poucos a saudade se transmuta em tristeza.
Aos poucos as boas memórias se apagam
Como desenhos feitos na areia da praia
Restando apenas o ir e vir das ondas
E a maresia do mar.

Inserida por ArianyVieira

O argumento

De manhã
lemos anestesiados
as notícias da guerra (qualquer uma),
uma manchete
bem merece alguns combates;
cada bando
quer demonstrar que Deus
está de seu lado
com o argumento definitivo;
nossos olhos percorrem
as páginas
– buscamos mais confirmações
de nossa derrota
e o jornal traz o que esperamos encontrar.

Rafael Cadenas
No es mi rostro (2018).

Nota: Tradução de Antonio Miranda.

...Mais
Inserida por pensador

Nos encontramos...
Eu sorri, você sorriu...
Nossos olhares se cruzaram...
Nossas mãos se uniram...
Nossos lábios se tocaram num único beijo...
Nossos corpos fundiram num momento de amor...
E assim caminhamos em busca da magia que um dia selou nossos destinos...
O tempo passou...
E ainda estamos aqui...
Sempre estarás ao meu lado!

Inserida por RoseaneRodrigues

⁠O nevoeiro

O amor não é
nem paz nem batalha
nem fogo amealhado
na escura fornalha.

O amor é nevoeiro
a branquidão que esconde
a pedra suspensa
no despenhadeiro.

E sendo sempre tudo
como o sonho dos mudos
o amor não é nada

diante da morte
do vento que sopra
de madrugada.

Lêdo Ivo
Curral de peixe: poesia. Rio de Janeiro: Topbooks, 1995.
Inserida por pensador

Que tal gentileza?

Viver a leveza
dos movimentos a um toque,
o encontro do olhar sem esperas,
a escuta com alma,
e a paciência de saber ser paciente
num mundo com pressa
compressão
explosão
ainda assim,
resta a suavidade
de uma nova resposta:
a Gentileza...


Inserida por SuzeteBrainer