Frases de Pessoas Famosas
Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdoo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.
Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.
Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.
Nota: Trecho adaptado de entrevista concedida por Clarice Lispector ao repórter Júlio Lerner, na TV Cultura, em 1977.
...MaisCom perdão da palavra, sou um mistério para mim.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever.
... estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.
O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.
Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.
A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir.
Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.
O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?
Tenho várias caras. Uma delas é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
O que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse.
E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço.