Frases de Pessoas Famosas

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Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012

A maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012

Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.

Fernando Pessoa
Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Lisboa: Ática. 1966. 216p.

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. Vol. I. Mem Martins: Europa-América, 1986.

Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: viver não é necessário, o que é necessário é criar.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado do poema "Navegar é preciso", de Fernando Pessoa.

Precisar de dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012

A arte é a autoexpressão lutando para ser absoluta.

Fernando Pessoa
Obras em prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1974.

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

Fernando Pessoa
Sobre Portugal - Introdução ao Problema Nacional. Lisboa: Ática. 1979. 98p.

Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos).

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. p. 453

Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. Lisboa: Assírio & Alvim, 2008.

Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não se dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta, é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982

Haja ou não deuses, deles somos servos.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982

Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado. E os gregos viam muito lucidamente. Por isso pouco sentiam. Daí a sua perfeita execução da obra de arte.

Fernando Pessoa
Ricardo Reis, O Regresso dos Deuses, s/d

Considerar a nossa maior angústia como um incidente sem importância, não só na vida do universo mas da nossa mesma alma, é o princípio da sabedoria.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego. Lisboa: Assírio & Alvim, 2008.

A renúncia é a libertação. Não querer é poder.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012

Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. O guardador de rebanhos. Porto : Civilização. 1997.

Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 101p.

Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária.

Fernando Pessoa
Bernardo Soares, "Livro do Desassossego", 1982

Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho, e faltam a esse também.

Fernando Pessoa
Bernardo Soares, "Livro do Desassossego", 1982

O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade.

Fernando Pessoa
Bernardo Soares, "Livro do Desassossego", 1982