Odeio esse acidental arrependimento que vem com a idade.
Perdoar aos nossos inimigos as suas virtudes – este, sim, é um grande milagre.
O prazer do crime passa, o arrependimento sobrevem e o remorso perpetua-se.
O amor ou não desculpa nada ou desculpa tudo.
O nosso arrependimento não é tanto um remorso do mal que cometemos, mas um temor daquilo que nos pode acontecer.
Os superiores nunca perdoam aos inferiores que ostentam a aparência da sua grandeza.
Porque o arrependimento, como o desejo, não procura analisar-se, mas sim satisfazer-se.
Perdoamos aos outros quando nos convém.
Quando não podemos gozar a satisfação da vingança, perdoamos as ofensas para merecer ao menos os louvores da virtude.
A ira começa com a loucura e acaba com arrependimento.
Uma mãe perdoa sempre: veio ao mundo para isso.
Nada estraga tanto uma confissão como o arrependimento.
Uma grande qualidade ou talento desculpa muitos pequenos defeitos.
A mulher desculpa tudo à excepção de uma coisa; que a abandonemos.
Perdoamos na medida em que amamos.
As maiores desgraças são aquelas que a si próprias não podem perdoar.
Quem se desculpa, acusa-se.
Perdoa-se tudo aos amantes... e aos doidos.
Perdoamos mais vezes aos nossos inimigos por fraqueza, que por virtude.