Eu estou numa luta com a barba há anos. Ela cresce, eu corto. Ela se emaranha, eu penteio. Ela fede, eu lavo. Ela me considera um apêndice e eu acho que tem razão: me recobre a cara, controla o que entra e o que sai e ainda me coloca no meu lugar, aqui, atrás dela.
Já já o Sol nasce, mais uma vez para se por apagando sua cor e trazendo a noite e com ela a Lua que grita e vem a madrugada que guarda um silêncio ignorante, um céu estonteante, no pensamento num instante uma alegria ou uma tristeza constante...