Frases de Pensadores Iluministas
"Nação é o povo com a consciência, a convicção do destino comum. A comunhão de interesses, que se estabeleceu nela, gera a convicção do destino comum e engendra entre os co-nacionais uma SOLIDARIEDADE insubstituível, uma lealdade no servir inviável fora da Nação".
O Espírito das Leis - Montesquieu
Animais têm suas faculdades organizadas como nós, recebem a vida como nós e a geram da mesma maneira. Eles iniciam o movimento da mesma forma e comunicam-no. Eles têm sentidos, sensações, ideias e memórias. Animais não são totalmente sem razão. Eles possuem uma proporcional acuidade de sentidos.
Prestinado
O poeta sabia que estava fadado, eternamente, a cobiçar as ilusões, embora soubesse que elas nada significavam. Caminhando pelas ruas observava a beleza vazia das formas sem fim, não sendo mais que um fantoche nessa pantomima sem graça. Ainda assim ele se importava com o mundo, era essa a sua sina, não era outra a sua natureza.
Ar Luna
A lua escura, mortiça, canhestra, refratando-se no céu gelado.
Desenhando as nuvens plúmbeas com a sua face marcada pelos cogumelos de areia. Eu queria imaginar a minha saudade pintando as nuvens mortas, auxiliado pelo disco lunar.
Antes podia sentir, no frio da noite, na nebulosidade que cobre o céu, a escuridão que vem do meu interior.
A raiz do mundo
No começo só havia o sono. Tudo era escuro para que não se interferisse, nem fosse interrompido o sono. Tudo era silêncio para que não se quebrasse a mágica. Não havia ninguém, para que o sono não fosse contaminado. Um dia, o sono fingiu ter chegado ao fim, mas sempre voltou, não poderia deixar de ser a razão de tudo.
Observar e sentir
Eu sou louco, confio em mim
Não uso um marcador às páginas
E o meu relógio parou
Os sinos da igreja me chamam mas eu já a conheço inteira
Os seus traços e o seu canto
Caminho por sobre Deus e engulo a sua veste: pitangas!
Vivi muitos anos tentando entender, e entendi:
Não há nada a entender.
Os encantos encontram-se muito mais no espírito do que no rosto, porque um belo rosto mostra-se logo e não esconde quase nada, mas o espírito apenas se mostra gradualmente, quando quer e do modo que quer; pode esconder-se para surgir de novo e proporcionar essa espécie de surpresa que constitui os encantos.
Todo homem nascido escravo tem como destino ser escravo, nada é mais certo: os escravos perdem tudo em suas algemas, inclusive o desejo de se livrarem delas. Por isso, se há escravos por natureza, é porque houve escravos contra a natureza. A força constituiu os primeiros escravos, a covardia os perpetuou.
Enquanto um povo é obrigado a obedecer e obedece, faz bem; mas quando pode desfazer suas amarras e as desfaz, age ainda melhor; porque retomando a liberdade através das mesmas regras que usaram para retirarem-na, mostra que elas servem para obtê-la de volta ou não serviriam para subtraí-la de início.
Os usurpadores conduzem ou escolhem sempre esses tempos de perturbações para fazerem passar, graças ao espanto público, leis destruidoras que o povo não adotaria jamais em situação normal. A escolha do momento da instituição é um dos caracteres mais seguros pelos quais se pode distinguir a obra do legislador da obra do tirano.
Os escravos perdem tudo ao serem acorrentados – até mesmo o direito de se libertar dos grilhões; amam a escravidão tanto quanto os companheiros de Ulisses amavam seu embrutecimento. Portanto, se existem escravos por natureza, é porque existem escravos contra a natureza. A força fez os primeiros escravos, a covardia os eterniza.
A respeito de tudo isso, haveria muitas observações particulares e reflexões que fazer, mas não há aqui lugar para isso e me basta haver mostrado, nesta pequena parte, o sistema mais geral da natureza, sistema que fornece uma nova razão de tirar o homem da classe dos carnívoros e de o colocar entre as espécies frugívoras.