Frases de Pensadores Famosos

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Se há dois testamentos, o antigo e o novo, conviria instituir
um terceiro, para acabar com as contradições entre eles.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Arquitetura

A arquitetura diverte-se projetando construções
para esconder os homens uns dos outros.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã. Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e às vezes impetuosas, a cada dia que passa...

Por que chora o homem? Que choro compensa o mal de ser homem?

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho
[...]
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte.

Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou?

Sentimos saudades de momentos da vida e momentos de pessoas.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. O Avesso das Coisas: Aforismos. Rio de Janeiro: Editora Record, 1990.

Sempre necessitamos ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos faz desambiciosos.

Carlos Drummond de Andrade
O Avesso das Coisas: Aforismos. Rio de Janeiro: Editora Record, 1990.

Também nos importa o que o mar trás consigo até a arrebentação.

MUNDO
VASTO MUNDO
SE EU ME CHAMASSE RAIMUNDO
SERIA UMA RIMA
NÃO UMA SOLUÇÃO.

Burro é quem empresta um livro, mais burro ainda é quem devolve.

Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Saudade.

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Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista com Júlio Lerner para a TV Cultura, em 1977.

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho ligeiramente adaptado do original.

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E, se você me achar esquisita, respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Ao Linotipista.

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdoo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Perdoando Deus.

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