Frases de Pensadores Famosos

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Os fatos são sonoros mas entre os fatos há um sussurro. É o sussurro que me impressiona.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Não há dúvida: pensar me irrita, pois antes de começar a tentar pensar eu sabia muito bem o que eu sabia.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Mentir, pensar.

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A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Elisa Lispector e Tania Kaufmann, escrita em 30 de setembro de 1944.

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Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Amor.

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Mas há o hábito e o hábito anestesia.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

O futuro é meu enquanto eu viver.

Clarice Lispector
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Nota: Trecho do conto Tempestade de almas.

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Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Perdoando Deus.

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Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser – se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E eu impávida finjo que não tenho dono. Pontas de cigarro apagadas eu recebo. Um dia vou pegar fogo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Dies irae.

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Preciso aprender a não precisar de ninguém.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Ao correr da máquina.

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Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e autorrisco. Eu não faço literatura: eu apenas vivo ao correr do tempo. O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

No mais fino e doído de seu sentimento ela pensava: vou ser feliz.

Clarice Lispector
O lustre. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Cada pessoa é um mundo, cada pessoa tem sua própria chave e a dos outros nada resolve.

Clarice Lispector
A bela e a fera. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Na hora do acontecimento não aproveito nada. E depois vem uma ilógica saudade.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Deus.

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"Escrever" existe por si mesmo? Não. É apenas o reflexo de uma coisa que pergunta. Eu trabalho com o inesperado. Escrevo como escrevo sem saber como e por quê – é por fatalidade de voz. O meu timbre sou eu. Escrever é uma indagação. É assim: ?

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Cada novo livro é uma viagem. Só que é uma viagem de olhos vendados em mares nunca dantes revelados – a mordaça nos olhos, o terror da escuridão é total. Quando sinto uma inspiração, morro de medo porque sei que de novo vou viajar e sozinho num mundo que me repele.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

A garantia única é que eu nasci. Tu és uma forma de ser eu, e eu uma forma de te ser: eis os limites de minha possibilidade.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eternidade: pois tudo o que é nunca começou.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.