Muitos homens são louvados porque são mal conhecidos.
Qualquer Francês deseja beneficiar de um ou mais privilégios. É a sua maneira de afirmar a sua paixão pela igualdade.
Não se reconhece tanto a ignorância dos homens no que confessam ignorar, como no que blasonam de saber melhor.
Nobre e ilustrada é a ambição que tem por objeto a sabedoria e a virtude.
A ignorância vencível no homem é limitada, a invencível infinita.
Sucede aos homens como às substâncias materiais, as mais leves e menos densas ocupam sempre os lugares superiores.
Leve escorre e agita.
A areia. Enfim, na bateia
fica uma pepita.
A sabedoria é sintética; ela expressa-se por máximas, sentenças e aforismos.
Os privilégios devem ser para o Senado, competindo aos senadores o simples respeito.
O ar. A folha. A fuga.
No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.
Ambos se enganam, o velho quando louva somente o passado, o moço quando só admira o presente.
Os homens desejam ser escravos em qualquer parte e colher aí a força para dominar noutro sítio.
Aqueles que se aplicam muito minuciosamente a coisas pequenas, frequentemente tornam-se incapazes de coisas grandes.
A vida reluz nos olhos, a razão nas palavras e ações dos homens.
Uma nuvem sobre a alma cobre e descobre muito mais a terra, do que uma nuvem no horizonte.
Não há coisa tão fácil como dar conselho, nem mais difícil do que sabê-lo dar.
O mal que podem fazer os maus livros só é corrigido pelos bons; os inconvenientes das luzes são evitados por luzes de um grau mais elevado.
Quanto mais independentes formos, devido à fortuna, tanto mais escravizados seremos pelos sentimentos e pelos deveres.
O talento não evita que se tenham manias, mas torna-as mais notáveis.
Não pode destruir a vida de alguém e fingir que nada aconteceu.