Somos muitos francos em confessar e condenar os nossos pequenos defeitos, contanto que possamos salvar e deixar passar sem reparo os mais graves e menos defensáveis.
Poucas máximas são verdadeiras sob todos os pontos de vista.
Muito pouco se padece na vida, em comparação do que se goza; aliás, não sendo assim, como se viveria?
A quem trata com Deus, nada falta.
O roubo de milhões enobrece os ladrões.
Dói tanto a injúria publicada como a ferida exposta ao ar.
A preguiça enfada e quebranta mais que o trabalho regular.
Hábito e rotina têm um inacreditável poder para desperdiçar e destruir.
O avarento, por um mau cálculo, sofre de presente os males que receia no futuro.
Suportamos tudo isso, por amor dos eleitos.
A atividade enriquece mais do que a prudência.
Podemos reunir todas as virtudes, mas não acumular todos os vícios.
O louvor que mais prezamos é justamente aquele que menos merecemos.
Quase ninguém se apercebe, por si próprio, do mérito de outra pessoa.
Os homens impulsionam os negócios e os negócios arrastam os homens.
Os bens que a virtude não dá ou não preserva são de pouca duração.
Os homens não são importantes. O que conta é quem os comanda.
Ninguém quer passar por tolo, antes prefere parecer velhaco.
A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.
Estou farto de museus, cemitérios de arte.
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