O amor é um egoísmo a dois.
Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.
Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.
A fortuna troca às vezes os cálculos da natureza.
Há algo tocante na associação de dois seres para suportar a vida.
Onde intervêm o favor e as doações abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.
Admiramos o mundo através do que amamos.
Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros.
É a profunda ignorância que inspira o tom dogmático.
Os homens são poucas vezes o que parecem; eles trabalham incessantemente por parecer o que não são.
Nunca a polícia terá espiões comparáveis aos que se colocam ao serviço do ódio.
O Homem não tem porto, o tempo não tem margem; / ele corre e nós passamos!
Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.
Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.
A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.
Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.
O nosso bom, ou mau procedimento, é o nosso melhor amigo, ou pior inimigo.
Quem ama o perigo, nele perece.
São sempre desatinadas as vinganças por ciúmes.
Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.