Frases de Paul Valery

Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular.

O passado, mais ou menos fantástico, ou mais ou menos organizado posteriormente, age sobre o futuro com um poder comparável ao do próprio presente.

Um homem sério tem poucas ideias. Um homem de ideias nunca está sério.

A ação é uma loucura passageira.

É próprio das censuras violentas tornar credíveis as opiniões que elas atacam.

Todos os homens fecundos da natureza se desenvolvem de uma maneira egoísta; o altruísmo humano, que não é egoísta, é estéril.

Verdadeiramente bom só é o homem que nunca censura os outros pelos males que lhe acontecem.

Como fazer para não fazer nada? Não conheço no mundo nada mais difícil. É um trabalho de Hércules, um aborrecimento de todos os instantes.

A história justifica tudo quando se quer. Ela não ensina rigorosamente nada, pois contém tudo e dá exemplos de tudo.

As coisas a propósito das quais encontramos mais depressa as mais justas e vigorosas palavras, são certamente aquelas que estamos vocacionados para fazer ou para aprofundar.

Quem se apressa é porque compreendeu: não devemos demorar as coisas; surpreender-nos-ia que os mais claros discursos fossem feitos de termos obscuros.

Uma obra dura enquanto é capaz de parecer bem diferente daquilo que o seu autor a fez.

Nada na história serve para ensinar aos homens a possibilidade de viverem em paz. É o ensino oposto que dela se destaca – e se faz acreditar.

Um homem sozinho está sempre em má companhia.

Todos os classicismos implicam um romantismo anterior... A ordem implica uma certa desordem que ela vem reduzir.

O mundo só vale pelos radicais e só dura graças aos moderados.

A morte fala-nos com uma voz profunda para não dizer nada.

Estamos ameaçados por duas calamidades: a ordem e a desordem.

Dizem-nos por vezes - é um fato - inclinai-vos perante os fatos. Ou seja, «acreditai». Acreditai porque aqui o homem não interveio.

Todos os sistemas são empreendimentos do sistema contra si mesmo.