Frases de Nelson Rodrigues

Cerca de 229 frases de Nelson Rodrigues

Nós estamos piorando cada vez mais e eu considero o ser humano um caso perdido. E falo isto com a mágoa de quem queria ser um santo. O único ideal que eu teria na vida, se fosse possível realizá-lo, era ser um santo. Eu queria ser um sujeito bom. A única coisa que eu admiro é o bom, fora disto não admiro mais nada.

Nas situações de rotina, um "pó-de-arroz" pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas.

⁠Há sujeitos que nascem, envelhecem e morrem sem ter jamais ousado um raciocínio próprio.

Nelson Rodrigues
O óbvio ululante: primeiras confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Nota: Trecho da crônica Oitenta milhões de vendidos.

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⁠Enquanto o homem não amar o outro para sempre, continuaremos pré-históricos.

Nelson Rodrigues
O reacionário. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

Nota: Trecho da crônica Saiu baratíssima a Apolo 8.

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⁠Cada um de nós está sempre a um milímetro da depressão, a um milímetro da euforia.

Nelson Rodrigues
O reacionário. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

Nota: Trecho da crônica A Perimetral Norte.

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Certos pundonores, certos brios, exigem um salário e as três refeições.

Nelson Rodrigues
Só os profetas enxergam o óbvio: frases inesquecíveis de Nelson Rodrigues. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020.
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Na vida, usamos máscaras sucessivas e contraditórias. Só a morte revela a nossa verdadeira face.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

A imparcialidade só merece a nossa gargalhada.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

Ai do escritor que não usa, de vez em quando, um mínimo de cafonice.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

Só os imbecis têm medo do ridículo.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

A arte está cheia de equívocos.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

Somos mais idiotas do que nunca. Ninguém tem vida própria, ninguém constrói um mínimo de solidão. O sujeito morre e mata por ideias, sentimentos, ódios que lhe foram injetados. Pensam por nós, sentem por nós, gesticulam por nós.

Nelson Rodrigues
O óbvio ululante: primeiras confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Nota: Trecho da crônica Os idiotas sem modéstia.

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⁠Os idiotas perderam a modéstia, a humildade de vários milênios. Eles estão por toda parte. São os que mais berram.

Nelson Rodrigues
O óbvio ululante: primeiras confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Nota: Trecho da crônica Os idiotas sem modéstia.

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⁠Que fazer se, por toda a parte, recebemos uma saraivada de idiotas? Não há opção à vista. Cada um tem de se tornar idiota para sobreviver.

Nelson Rodrigues
O óbvio ululante: primeiras confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Nota: Trecho da crônica Os idiotas sem modéstia.

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⁠Atrás de todo paladino da moral, vive um canalha.

Inserida por dhiegobalves

⁠Não há pior degradação do que viver pelo hábito de viver, pelo vício de viver, pelo desespero de viver.

Nelson Rodrigues
Só os profetas enxergam o óbvio: frases inesquecíveis de Nelson Rodrigues. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020.
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A melhor maneira de não ser canalha é ser reacionário.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
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Sou um obsoleto, um carcomido, porque coloco a questão da liberdade antes do problema do pão.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
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A nossa língua tem sido uma boa desculpa para os que a assassinam.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
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Eu me interesso por novela justamente porque ela atinge aquela zona de puerilidade que é eterna no ser humano.

Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
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