Frases de Nelson Rodrigues
Cerca de 234 frases de Nelson Rodrigues
O homem começa a ser homem depois dos instintos e contra os instintos.
Na vida, o importante é fracassar.
Um filho, numa mulher, é uma transformação. Até uma cretina, quando tem um filho, melhora.
Há coisas que o sujeito não confessa ao padre, ao psicanalista, e nem ao médium, depois de morto. Uma delas, certamente, é a inveja.
Nada nos humilha mais do que a coragem alheia.
A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no limite, na implacável fronteira.
A ideologia que "absolve e justifica os canalhas" é apenas o ópio dos intelectuais.
O que me importa são
os atos, e mais que os atos,
os sentimentos.
É a alma que está em questão.
Foi então que eu, ferido de espanto, descobri: - quem nunca desejou morrer com o ser amado, não conhece o amor, não sabe o que é amar.
(Morrer com o ser amado, 08/01/1968)
Se os homens de bem tivessem a ousadia dos canalhas, o mundo estaria salvo.
Eu me nego a acreditar que um político, mesmo o mais doce político, tenha senso moral.
A vaia é o aplauso dos descontentes.
Subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos.
Nelson Rodrigues
RODRIGUES, Sonia (org.). Nelson Rodrigues por ele mesmo. Rio de Janeiro: HarperCollins, 2022.
Os que choram pouco ou não choram nunca, acabarão apodrecendo em vida.
"O brasileiro não tem motivos pessoais ou históricos para a autoestima."
Meu amor é anormal porque é sem vergonha, sem limite e sem covardia.
O adulto não existe. O homem é um menino perene.
Sou reacionário sim. Reajo contra tudo que não presta.
Quando os amigos deixam de jantar com os amigos por causa da ideologia, é porque o país está maduro para a carnificina.
Nelson Rodrigues
CASTRO, Ruy. E aquela do Nelson? Folha de S.Paulo, 16 jul. 2022.
Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.
Nelson Rodrigues
O óbvio ululante: primeiras confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
Nota: Trecho da crônica Os idiotas sem modéstia.
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