Frases de Mario Quintana sobre idade

Ah, sempre que se sonha alguma coisa
tem-se a idade do tempo em que a sonhamos:
Me esqueci do futuro...

[A Carta]
Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito séria: tinha até ponto-e-vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida.

Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade...

A idade é o menor sintoma de velhice.

Pensamento para o teu aniversário

Nem todos podem estar na flor da idade, é claro! Mas cada um está na flor da sua idade.

Com a adição de mais um dia nos anos bissextos – esse indesejado 29 de fevereiro – a gente sempre desconfia que na verdade foi vítima de uma subtração.

A vida era muito mais intensa quando não passava, na média, de quarenta anos. Agora é um longo, um interminável arrastar de correntes: nós somos as almas penadas deste mundo.

O tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais velho que a gente...

LEGÍTIMA APROPRIAÇÃO
Copio e assino essa frase encontrada no velho Schopenhauer: "A soma de barulho que uma pessoa pode suportar está na razão inversa de sua capacidade mental".

Mas que susto não irão levar essas velhas carolas se Deus existe mesmo...

Tempo
Coisa que acaba de deixar a querida leitora um pouco mais velha ao chegar ao fim desta linha.

O grande consolo das velhas anedotas são os recém-nascidos...

Só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia-a-dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos...

Ah! Essas Precauções...
Para desespero de seus parentes, o velho rei Mitridates, como todo mundo sabe, conseguiu tornar-se imune a todos os venenos... até que um bom tijolaço na cabeça liquidou o assunto.

Quem disse que eu me mudei?
Não importa que a tenham demolido:
A gente continua morando na velha casa em que nasceu.

Só as crianças e os bem velhinhos conhecem a volúpia de viver dia a dia, hora a hora, e suas esperanças são breves.

Esse estranho que mora no espelho (e é tão mais velho do que eu) olha-me de um jeito de quem procura adivinhar quem sou.

Voa um par de andorinhas, fazendo verão. E vem uma vontade de rasgar velhas cartas, velhos poemas, velhas cartas recebidas. Vontade de mudar de camisa, por fora e por dentro... Vontade... para que esse pudor de certas palavras?... Vontade de amar, simplesmente.

Dona Lógica usa coque e óculos, como aquelas velhas professoras que não se fabricam mais e tão chatas que, no meio da aula, sempre alguém lhes pedia “para ir lá fora”. Sim, Dona Lógica, a alma também precisa de um pouco de ar.

Verbetes

Infância - A vida em tecnicolor.
Velhice - A vida em preto-e-branco.