Frases de Lucas Silveira
Somos meros neurônios de um corpo imensamente maior, esperando por uma faísca que nos conecte. Afirmo que estamos sempre, mesmo que imperceptivelmente, procurando conexões.
A circunstância é outra, a pessoa é outra, e até o próprio sentimento assume diferentes formas. Mas ele me estufa o tórax com tal força que eu me sinto impelido a cuspir tudo fora, sem foco ou direção.
Cabe a mim administrar na cabeça a responsabilidade de ter todas as fichas apostadas, sempre. Cabe a ti pegar na minha mão e jogar os dados.
Era como se estivesse tua imagem estampada em tudo que vejo. E aquela presença permanente no meu pensamento me fez percorrer a extenuante e perigosa trilha que me leva de encontro a ti.
Será que existe burrice maior do que saber todas as respostas? E sabedoria maior que a sabedoria de se deixar enganar?
Ela não quer saber de uma porção de coisas. Talvez saiba demais. Talvez eu a tenha deixado saber demais.
Eu já fui para longe, e te deixo ir, contanto que não olhes mais para trás. Não com essa cara, e não com essas palavras escritas na testa.
E quem tentou me seguir ficou pelo caminho, por medo de um ou outro precipício. “O que é que tem ali?”. Antes de me fazer essa pergunta, já me encontro lá.
Não posso dizer que não gosto. Mas também não direi que tem sido simples. E o que é simples, aos vinte-e-tantos anos?
A gente se sente velho demais para jogar tudo pra cima e fugir. A gente se vê jovem demais pra dar o próximo passo sem olhar pra trás. Então a gente fecha os olhos e caminha até cair.
A preguiça física nos impede de mudar. Mas basta uma faísca entre dois neurônios para que nossa mente nos aponte para outra direção.
Eu erro por aí na tentativa de acertar. Depois de perceber que, sempre que acho que estou fazendo a coisa certa, descubro que estou machucando alguém, tenho apostado cada vez mais no que não me parece sensato. Improvável? Vamos. Impossível? Não existe. Impensável? Bora!
A gente fecha os ouvidos pra voz que não quer calar, e ela diz: Eu preciso, você também. Todo mundo precisa de alguém.
A gente faz o nosso caminho, e é normal que ele seja estreito e sinuoso. Ninguém consegue andar em linha reta por muito tempo.
É um choro ligeiro, um curativo e, após isso, apenas mais um lugar pra gente tomar cuidado da próxima vez.