Frases de João Guimarães Rosa

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Tem trechos em que a vida amolece a gente, tanto, que até referver de mau desejo, no meio da quebradeira serve como benefício.

Amor? Um pássaro que põe ovos de ferro.

Todas as coisas surgidas do opaco.

Malagourado de ódio: que sempre surge mais cedo e às vezes dá certo, igual palpite de amor.

Muita coisa importante falta nome. Foi o
que nos disse Guimarães Rosa…
No que eu sinto, realmente, falta esse tal
nome, mas enquanto isso, eu apenas
sinto.

A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

O bom da vida é para o cavalo, que vê capim e come.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Sigo a risca, me descuido e vou. Quebro a cara, quebro o coração. Tropeço em mim. Me atolo nos sentidos. Viver não é perigoso? Então com sua licença, nasci assim. Encantado pela vida.

“Calma. É só aos poucos que o escuro fica claro”.

Amor é a gente querendo achar o que é da gente.

Guimarães Rosa
ROSA, J.G. - Grande sertão: veredas. 13. ed. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1979.

Sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado!

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Quando o coração está mandando, todo tempo é tempo!
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Perto de muita água, tudo é feliz.

Para quem não sai, em tempo, de cima da linha, até apito de trem é mau agouro.

Guimarães Rosa
A hora e vez de Augusto Matraga. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

Quem é limpo, pensa limpo. Acho.

Guimarães Rosa
Grande Sertão Veredas

Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

E tudo foi bem assim, porque tinha de ser, já que assim foi.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Quando a gente odeia uma pessoa, dedica a vida toda a ela.

Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe - mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?