Frases de João Guimarães Rosa

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Se fosse só eu a chorar de amor, sorria..."

Sorte nunca é de um só, é de dois, é de todos... Sorte nasce cada manhã, e já está velha ao meio-dia...

Guimarães Rosa
A hora e vez de Augusto Matraga. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

Cantar, só, não fazia mal, não era pecado. As estradas cantam. E ele achava muitas coisas bonitas, e tudo era mesmo bonito, como são todas as coisas, nos caminhos do sertão.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Viver é muito perigoso.

Guimarães Rosa
Grande Sertão Veredas

⁠Coração cresce de todo lado. Coração vige feito riacho colominhando por entre serras e varjas, matas e campinas. Coração mistura amores. Tudo cabe. (Guimarães Rosa - Grande Sertão: veredas, p.204)

Gostava dela, muito…Mais do que ele mesmo dizia, mais do que ele mesmo sabia, de maneira que a gente deve gostar. E tinha uma força grande, de amor calado, e uma paciência quente, cantada, para chamar pelo seu nome.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

"Vida" é noção que a gente completa seguida assim, mas só por lei duma idéia falsa. Cada dia é um dia.

E nisto, que conto ao senhor, se vê o sertão do mundo. Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe – mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?

Guimarães Rosa
em "Grande Sertão: Veredas". Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994

Era fim de outubro, em ano resseco. Um cachorro soletrava, longe, um mesmo nome, sem sentido. E ia, no alto do mato, a lentidão da lua.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Quando chega o dia da casa cair (…) é um dia de chegada infalível, – o dono pode estar: de dentro, ou de fora. É melhor de fora.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

Só, e no mais: sem ti, jamais nunca — Minas, Minas Gerais...

Quando acordei, não cri: tudo o que é bonito é absurdo – Deus estável.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

⁠- o ódio __ é a gente se lembrar do que não deve-de; amor é a gente querendo achar o que é da gente. (Grande Sertão: Veredas. p.377)

⁠...tanto que me vinha a vontade, se pudesse, nessa caminhada, eu carregava Diadorim, livre de tudo, nas minhas costas.
(Grande Sertão: Veredas, p . 388)

⁠O que a vida quer da gente é coragem!

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

⁠...o mal ou o bem , estão é em quem faz; não é no efeito que dão. (Graciliano Ramos. Grande Sertão: veredas, p. 113)

Obedecer é mais fácil do que entender.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Não por orgulho meu, mas antes por me faltar o raso de paciência, acho q sempre desgostei de criaturas que com pouco e fácil se contentam.