Frases de Guimarães Rosa

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Sigo à risca.
Me descuido e vou… Quebro a cara.
Quebro o coração.
Tropeço em mim.
Me atolo nos cinco sentidos.

Refresca teu coração. Sofre, sofre, depressa, que é para as alegrias novas poderem vir.

Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas que sempre passa. E você ainda pode ter um muito pedaço bom de alegria... Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua.

Guimarães Rosa
Sagarana (1946).

Nota: Trecho do conto A hora e vez de Augusto Matraga.

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Eu me lembro das coisas, antes delas acontecerem...

O certo era a gente estar sempre brabo de alegre, alegre por dentro, mesmo com tudo de ruim que acontecesse, alegre nas profundezas. Podia? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas

Viver é plural.

Posso me esconder de mim?

O homem nasceu para aprender, apreender tanto quanto a vida lhe permita.

Amor é sede depois de se ter bem bebido.

Cada palavra é, segundo a sua essência, um poema.

Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.

Guimarães Rosa
na novela "Campo Geral", em "Manuelzão e Miguilim"/ do livro 'Corpo de Baile'. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2001, pg. 148.
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o coqueiro coqueirando
as manobras do vermelho
no branqueado do azul

Sapo não pula por boniteza, mas porém por precisão.

Guimarães Rosa
Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Nota: Trecho do conto A hora e vez de Augusto Matraga.

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tênue tecido alaranjado
passando em fundo preto
da noite à luz

O sertão é dentro da gente.

Tem trechos em que a vida amolece a gente, tanto, que até referver de mau desejo, no meio da quebradeira serve como benefício.

Todas as coisas surgidas do opaco.

Amor? Um pássaro que põe ovos de ferro.

Malagourado de ódio: que sempre surge mais cedo e às vezes dá certo, igual palpite de amor.

A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.