Frases de Guimarães Rosa

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Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também - mas Diadorim é a minha neblina...

Minha tristeza é uma volta em medida; mas minha alegria é forte demais.

O fato se dissolve. As lembranças são outras distâncias. Eram coisas que paravam já, à beira de um grande sono. A gente cresce sempre, sem saber para onde.

Por esses longes todos eu passei, com pessoa minha no meu lado, a gente se querendo bem. O senhor sabe? Já tenteou sofrido o ar que é saudade? Diz-se que tem saudade de ideia e saudade de coração…

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniÃES...

na barra sul do horizonte
estacionavam cúmulus
esfiapando sorveret de coco

há qualquer coisa no ar
além dos aviões
da Panair...

o bambual se encantava
parecia alheio
uma pessoa

os aloendros
em fila
nos separavam do mundo

O amor não precisa de memória, não arredonda, não floreia:
faz forte estilo. E fim.

Um sentir é o do sentente, mas o outro é do sentidor.

O corpo não traslada, mas muito sabe, adivinha se não entende.

Pãos ou Pães é questão de Opiniães.

Significa que posso não ter muito conhecimento e/ou experiência, porém desconfio de como as coisas sucedem já que possuo imaginação. (Riobaldo - Grande Sertão: Veredas)

Mas; também, cair não prejudica demais – a gente levanta, a gente sobe, a gente volta! (...) O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Os trechos costumam vir unidos, mas, no livro, eles são separados por algumas páginas.

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No que vagueia os olhos, contudo, surpreende-se-lhe o imanecer da bem-aventura, transordinária benignidade, o bom fantástico.

Viver é etcétera!

A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero.

Coração da gente – o escuro, escuros.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Mocidade é tarefa para mais tarde se desmentir.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.