Os que mais possuem não são os que melhor digerem.
Entre todas as expressões diferentes que pode tomar cada um dos nossos pensamentos só há uma que seja boa.
O tempo pretérito se torna presente pela memória, e o futuro pela nossa imaginação.
De nada vale a celebridade, quando os grandes crimes também a conseguem.
Os homens probos são menos capazes de dissimulação do que os velhacos.
A mocidade é um sonho que deleita, a velhice uma vigília que incomoda.
Os velhos erram muitas vezes por demasiadamente prudentes, os moços quase sempre por temerários.
O ignorante espanta-se do mesmo que o sábio mais admira.
Os velhos prezam ordinariamente os mortos e desprezam os vivos.
Com pouco nos divertimos, com muito menos nos afligimos.
O hóspede acanhado é um dobrado incómodo para quem o hospeda.
O louvor fecundo distingue menos que a admiração silenciosa.
A intemperança da língua não é menos funesta para os homens que a da gula.
Os grandes homens, ao ensinarem os fracos a raciocinar, colocaram-nos sobre a estrada do erro.
O homem que não é indulgente com os outros, ainda não se conhece a si próprio.
Como o espaço compreende todos os corpos, a ambição abrange todas as paixões.
Um homem pode saber mais do que muitos, porém nunca tanto como todos.
O coração enlutado eclipsa o entendimento e a razão.
Os velhos caluniam o tempo presente atribuindo-lhes os males de que padecem, consequências do passado.
Ainda que perdoemos aos maus, a ordem moral não lhes perdoa, e castiga a nossa indulgência.