Frases de Fernando Pessoa sobre Pedra

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Tem dias que eu visto minha fantasia de otária.

Eu não vou falhar. Não porque não posso, mas porque não quero.

No começo eu esperava, que viesse alguém, um dia. Não veio nada, não veio ninguém.

Não roube os meu desejos mais secretos. Deixe-os guardados e calmos no canto que os escondi. Deixe os meus suspiros e arrependimentos em tranqüilidade aparente. Não é a hora exata? Não somos exatos! A exatidão me aborrece. A compreensão me deprime. Sua solidão me enlouquece.

... mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço...

As coisas sempre prestes a serem apanhadas. E você eternamente prestes a apanhá-las. Como uma sina. Sempre prestes.

Vontade de ter um pensamento bem profundo, desses que fazem a gente se surpreender que tenham saído da nossa cabeça mesmo, naquela modéstia que só se tem quando se está distraído, desses pensamentos que nas revistas em quadrinhos aparecem em forma de lâmpada sobre a cabeça do cara.

Saudade daquilo que fui, sei que não sou mais, e nunca mais voltarei a ser.

Não era mais ele: ela amava alguém que não existia mais, objetivamente. Existia somente dentro dela.

Naturalmente a saia é justa, mas como a fé é larga, fica tudo equilibrado. Coloco nas mãos de Deus.

Pior que amar e não ser correspondido, é amar e ser esquecido!

Invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada.
(Pequenas Epifanias "Deus é naja", O Estado de S. Paulo, 15/7/1986)

De vez em quando é necessário a gente se perguntar se dentro de nós é um bom lugar para se viver. Tenho me perguntado isso… e a resposta é sim, sou um bom lugar.

– Você não passa de um substantivo feminino — disse, e quase sem sentir acrescentou – ... mas eu te amo tanto, tanto.

Eu tenho uma psicologia muito frágil – simplesmente não quero me envolver em estorinhas sujas como essa. É doloroso ver o carreirismo, a falta de escrúpulos e o mau-caratismo de gente que eu, ingênuamente, supunha “amigos”.

Não é verdade que as pessoas se repitam. O que se repetem são as situações.

Quantas conversas, quantas risadas, quantas brincadeiras… E olha só, hoje nem nos falamos mais.

Não chegaram a usar palavras como especial, diferente ou qualquer outra assim. Apesar de, sem efusões, terem se reconhecido no primeiro segundo do primeiro minuto. Acontece porém que não tinham preparo algum para dar nome às emoções, nem mesmo para tentar entendê-las.

Ando tropeçando em absurdos. Em desassossegos também.

Está certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?