Frases de Fernando Pessoa sobre Pedra

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Tão abstrata é a idéia do teu ser que me vem de te olhar, que, ao entreter os meus olhos nos teus, perco-os de vista.

O próprio sonho me castiga. Adquiri nele tal lucidez que vejo como real cada coisa que sonho.

Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor. Como as outras, ridículas...

O amor é bom, mas é melhor o sono.

Só de sentir o vento passar, já valeu a pena viver.

O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão…
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.
São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma.

Livros são papéis pintados com tinta

Tenho amor a isto, talvez porque não tenha mais nada que amar - ou talvez, também, porque nada valha o amor de uma alma, e, se temos por sentimento que o dar, tanto vale dá-lo ao pequeno aspecto do meu tinteiro como à grande indiferença das estrelas.

Mais vale ser criança que querer compreender o mundo

"Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!"

Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo.

Nemo Nox
Website "Por um Punhado de Pixels" (2003)

Nota: O pensamento é muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Fernando Pessoa, mas a sua autoria pertence a Nemo Nox, que o publicou no seu website "Por um Punhado de Pixels" em 02/01/2003.

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Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Álvaro de Campos
Pessoa, F. Poemas Escolhidos de Álvaro de Campos. Lisboa: Assírio & Alvim. 2013

Nota: Trecho do poema "Tabacaria"

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Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, completamente livre, é a que não tem medo do ridículo.

Luis Fernando Verissimo
Orgias. Porto Alegre: L&PM, 1998.

Muito prazer, meu nome é Caio Fernando Abreu. Faço literatura, teatro, música, cinema e crítica. Mas de amor é o que eu gosto mais.

Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.

Desconhecido

Nota: Fontes atribuem o texto a Fernando Teixeira de Andrade. A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Fernando Pessoa.

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Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.

Oswaldo Montenegro

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".

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Se perder um amor... não se perca!
Se o achar... segure-o!

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais... é nada.

Silvana Duboc e Fernando Pessoa

Nota: Os dos primeiros versos pertencem ao poema "Navegue" da escritora Silvana Duboc. Os dois últimos versos pertencem a uma ode de Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa).

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Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"

A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos.

É muito fácil ser pedra, o difícil é ser vidraça.