Frases de Fernando Pessoa Alegres

Todo o homem de ação é essencialmente animado e otimista porque quem não sente é feliz.

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

A felicidade está fora da felicidade.

E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão.

Feliz quem não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá, guiando-se pelo instinto dos gatos, que buscam o sol quando há sol.

Por que é que, pra ser feliz,
É preciso não sabê-lo?

Porque é que para ser feliz é preciso não saber?

Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

E subia-nos o choro à lembrança, porque nem aqui, ao sermos felizes, o éramos...

E tudo aquilo - toda esta frescura lenta da manhã leve, era análogo a uma alegria que ele nunca pudera ter.

Todas as coisas que dizes
Afinal não são verdade.
Mas, se nos fazem felizes,
Isso é a felicidade.

"Passar pelas suas alegrias e angústias como quem passa por quem não lhe interessa."

A vida que se vive é um desentendimento fluido, uma média alegre entre a grandeza que não há e a felicidade que não pode haver.

Minha Vida é Feita de tristezas felicidades e ao mesmo tempo amor

Evil is everywhere on earth, and one of its forms is happiness.

O mal está por toda a Terra e uma das suas formas é a felicidade.

(Aforismos e afins)

A vida é cousa tão séria, os seus problemas são tão graves, que a ninguém assiste o direito de rir. Quem ri é estúpido — de momento, pelo menos. A alegria é a forma comunicativa da estupidez.

(Aforismos e afins)

E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.
Não vejo, sem pensar.
Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter.

(Livro do Desassossego - Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa)

"Assim, a brisa nos ramos diz, sem o saber, uma coisa imprecisa - coisa feliz".

(Sem título - 09/05/1934)

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.