Frases de Fernando Pessoa

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O homem está acima do cidadão. Não há Estado que valha Shakespeare.

(extraído do livro em PDF: Aforismo e Afins)

"Assim, a brisa nos ramos diz, sem o saber, uma coisa imprecisa - coisa feliz".

(Sem título - 09/05/1934)

Amar é equivocar-se.

Navegar é preciso; viver não é preciso.
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.

"Trabalhar com nobreza, esperar com sinceridade, enternecer-se com o homem – esta é a verdadeira filosofia."

Uma das formas de saúde é a doença. Um homem perfeito, se existisse, seria o ser mais anormal que se poderia encontrar.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

poemas maravilhosos

Ama como ama o amor

Ah, a Esta Alma Que Não Arde

AH, a esta alma que não arde .
Não envolve, porque ama,
A esperança, ainda que vã,
O esquecimento que vive
Entre o orvalho da tarde.
E o orvalho da manhã

Em dias da alma como hoje eu sinto bem, em toda a consciência do meu corpo, que sou a criança triste em quem a vida bateu.

Segue teu destino, rega tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias... Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode dizer-te. A resposta está além dos Deuses.

O meu olhar azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim, azul e calmo,
Porque não interroga nem se espanta...

[...] não me recordo de nenhum livro que tenha lido, a tal ponto eram minhas leituras estados de minha própria mente [...].

Tudo vale a pena

Kill the killer.

"Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações". (O guardador de rebanhos)

A Íbis, a ave do Egipto
Pousa sempre sobre um pé
O que é
Esquisito.
É uma ave sossegada,
Porque assim não anda nada.

Se depois de eu morrer quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples. Tenho só duas datas: a de minha nascença e a de minha morte. Entre uma e outra, todos os dias são meus.

"Cada época resulta da crítica da época precedente e dos princípios subjacentes à vida civilizacional da mesma."

A timidez é o mais vulgar de todos os fenômenos. O que há de mais vulgar em todos nós é termos medo de sermos ridículos…

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.