Pari meu infinito, mas tirei-me a ferros de mim mesmo.
Escrevo embalando-me, como uma mãe louca a um filho morto.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Odiamos o que quase somos.
O que é preciso é cada um multiplicar-se por si próprio
Toda beleza é um sonho, ainda que exista. Porque a beleza é sempre mais do que é.
Cada um de nós é um grão de pó que o vento da vida levanta, e depois deixa cair.
Fernando Pessoa
Nota: Trecho do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa (heterônimo Bernardo Soares).
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi,
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei.
Fernando pessoa
Quadras ao Gosto Popular. (Texto estabelecido e prefaciado por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1965. (6ª ed., 1973).
Nota: Quadra de Fernando Pessoa, por vezes erroneamente atribuída a Freud.
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Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
(Tabacaria)
Árvores, pedras, montes, bailam parados dentro de mim...
Não há pior que a arte dos que morrem, a não ser o pensamento dos que não existem.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
(do poema "Mar Português")
O teu silêncio que me embala é a idéia de naufragar.
Do indivíduo temos que partir, ainda que seja para o abandonar.
(Aforismos e afins)
Escureceu tudo... caio por um abismo feito de tempo...
A consciência é o maior prodígio da inconsciência.
A ciência é o querer adaptar o menor sonho ao maior.
Desde o momento em que nos sentimos consciência-criadora-do-universo, sentimo-nos Deus.
Dar a cada emoção uma personalidade, a cada estado de alma uma alma. (Bernardo Soares)