Quando me retrato
Em versos que eu faço
Falo dos meus fatos
Honrando os meus traços.
Preciso da pauta
E tal qual a flauta
Belo som ressalta
E a canção exalta.
Em uma terra distante
Vive uma mulher guerreira
Que luta pelos seus sonhos
Sem nem pensar na canseira.
Lá vem o trem
Trás o menino
Que nada tem
Como destino.
Nem sempre os calos das mãos
Nos ensinam o saber da lição.
O contorno que aplaca uma dor,
É o olhar e um sorriso de amor.
Quem nesse mundo fez seu roteiro,
Errou bem fundo, nesse atoleiro.
Passando pelas ruas encontrei olhares tristes distantes,
Que sequer têm um prato de comida para o dia de hoje.
E por ti amar, fiz outro
caminho...
Da árvore eu fui o menor galho.
Deixei-te espaço para teu florescer.
Dormi sob o orvalho
Sem temor, domei uma fera.
Pra te banhar com pétalas perfumadas.
Meu trovador a sua dor é minha.
E o mar vermelho vai abrir caminho.
Nuvem de chumbo do céu vai sumir.
E a primavera é sem espinho.
O velho e o menino vivem
Com direito a não terem o respeito nem o direito nesse País.
Porque o Doutor precisa
Sempre do ignorante.
Ou de onde vais tirar
O teu sustento galante?
Não importa onde a estrada te leva.
Mas o primeiro passo para o ponte de partida.
Com a imagem tua
Floriram os canteiros.
Não te inquietes,
Sou quem te conduz.
Foi ficando presa em casa que a lagarta aprendeu a voar.
Somos o que espalhamos e não o que juntamos...
Não deixe que o seu passado difícil defina quem você é HOJE!
Ser vítima do passado e ter muito HOJE não dá nunca o direito de menosprezar quem nada tem.
"Quem é de verdade sabe quem é de mentira."
Não há homem totalmente bom que não erre, nem homem exclusivamente vil que não seja capaz de elevar-se.
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