Frases de Escritores Brasileiros

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Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema Arte de Amar.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Estrela da Vida Inteira, Poesias Reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973

Eu faço versos como quem chora...
Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Desencanto"

Porém já tudo se perdeu
no olvido imenso do passado

Os anjos não compreendem os homens.

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Belo Belo"

vou me embora para passagarda

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero saber de lirismo que não é libertação.

Madrigal tão Engraçadinho

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na
minha vida, inclusive o porquinho-da-índia que me
deram quando eu tinha seis anos.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Libertinagem, 1930

Teu corpo é tudo que brilha,
Teu corpo é tudo que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Poemeto Erótico"

E todos somos pura flor de vento.

Ó MEU DEUS

Ó meu Deus,
se esta é a distância
que separa a mocidade
da infância,
se são teus
estes modos de verdade,
que outros hei de querer meus?

Ó meu Deus,
se este é o caminho
que traça a tua bondade,
devagarinho
farei seus
meu amor, minha saudade,
e em tudo serei adeus.

FLOR JOGADA AO RIO

Entre eclusa e esparavel
faremos a canção triste
para uma flor de papel.

O esparavel a amparar-te,
a eclusa a esperar por ti
e o tempo amargo a quebrar-te.

Flor imaginária _ flor
que vais viver para sempre
só de imaginário amor.

Por isso, entre o esparavel
e a eclusa ficas tão triste
como a canção num papel.

Não aprofundes o teu tédio, não te entregues à mágoa vã.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. A Cinza das Horas, 1917

Nota: Trecho do poema "A Sombra das Araucárias"

...Mais

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar.

Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, não sei, não sei. Não sei se fico ou se passo.

Eu não dei por esta mudança
Tão simples, tão certa, tão fácil.
Em que espelho
Ficou perdida
A minha face?

Somos um ou dois?
As vezes nenhum. E em seguida tantos!

Sou entre flor e nuvem. Por que havemos de ser unicamente humanos?