Frases de Escritores Brasileiros

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O que tu chamas tua paixão,
É tão somente curiosidade.
E os teus desejos ferventes vão
Batendo as asas na irrealidade...

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. A Cinza das Horas, 1917

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema Arte de Amar.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Estrela da Vida Inteira, Poesias Reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973

Eu faço versos como quem chora...
Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Desencanto"

Porém já tudo se perdeu
no olvido imenso do passado

Os anjos não compreendem os homens.

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Belo Belo"

vou me embora para passagarda

Teu corpo é tudo que brilha,
Teu corpo é tudo que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

Manuel Bandeira

Nota: Trecho do poema "Poemeto Erótico"

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero saber de lirismo que não é libertação.

Madrigal tão Engraçadinho

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na
minha vida, inclusive o porquinho-da-índia que me
deram quando eu tinha seis anos.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Libertinagem, 1930

Minh'alma sofre e sonha e goza.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., A Cinza das Horas, Teresópolis, 1917

Nota: Trecho do poema "Enquanto a Chuva Cai"

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E todos somos pura flor de vento.

Ó MEU DEUS

Ó meu Deus,
se esta é a distância
que separa a mocidade
da infância,
se são teus
estes modos de verdade,
que outros hei de querer meus?

Ó meu Deus,
se este é o caminho
que traça a tua bondade,
devagarinho
farei seus
meu amor, minha saudade,
e em tudo serei adeus.

FLOR JOGADA AO RIO

Entre eclusa e esparavel
faremos a canção triste
para uma flor de papel.

O esparavel a amparar-te,
a eclusa a esperar por ti
e o tempo amargo a quebrar-te.

Flor imaginária _ flor
que vais viver para sempre
só de imaginário amor.

Por isso, entre o esparavel
e a eclusa ficas tão triste
como a canção num papel.

Não aprofundes o teu tédio, não te entregues à mágoa vã.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. A Cinza das Horas, 1917

Nota: Trecho do poema "A Sombra das Araucárias"

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E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, não sei, não sei. Não sei se fico ou se passo.

Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar.

Somos um ou dois?
As vezes nenhum. E em seguida tantos!