Frases de Escritores Brasileiros
Abro o jogo! Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.
Há verdades que nem a Deus eu contei. E nem a mim mesma. Sou um segredo fechado a sete chaves. Por favor me poupem.
É assim porque é assim. Existe no mundo outra resposta? Se alguém sabe de uma melhor, que se apresente e diga, estou há anos esperando.
Existia. Só isto. E eu? De mim só se sabe que respiro.
Quero antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa. Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” cairia estatelada e em cheio no chão. É que “quem sou eu?” provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
A realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas.
Quer livres, quer regulares,
abrem sempre os teus cantares
como flor de quintanares .
Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.
Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!
O grande livro que sempre me valeu e que aconselho aos jovens, um dicionário. Ele é o pai, é tio, é avô, é amigo e é um mestre. Ensina, ajuda, corrige, melhora, protege. Dá origem da gramática e o antigo das palavras. A pronúncia correta, a vulgar e a gíria.
Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que o Tempo passe tudo a raso.
Não é o poeta que cria a poesia. E sim, a poesia que condiciona o poeta.
Nota: Trecho do poema O poeta e a poesia.
...MaisNão é só a morte que iguala a gente. O crime, a doença e a loucura também acabam com as diferenças que a gente inventa.
De onde em onde, ela punha os olhos sobre mim, denotando uma grande vontade de me adivinhar, e eu fugia deles com medo de me trair.
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
Ah o amor... que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê.
Nota: Trecho adaptado de soneto de Luís de Camões.
Linda és tu.
És linda e doce, amorosa e triste.
Tens tudo que não presta.