Frases de Escritores Brasileiros

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De maneira alguma, pense que aqui escrevo o meu mais íntimo segredo. Na verdade, há segredos que não conto nem a mim mesma.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Os sensíveis são simultaneamente mais infelizes e felizes que outros.

Clarice Lispector
A bela e a fera. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho do conto Gertrudes pede um conselho.

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Não se preocupe comigo. Eu sou muito feliz.

Clarice Lispector
Montero, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta escrita a Tania Kaufmann, em 1 de setembro de 1945.

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Eu antes vivia de um mundo humanizado, mas o puramente vivo derrubou a moralidade que eu tinha? É que um mundo todo vivo tem a força de um Inferno.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E morre-se, sem ao menos uma explicação. E o pior – vive-se, sem ao menos uma explicação.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Dies irae.

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Redondo sem início e sem fim, eu sou o ponto antes do zero e do ponto final.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Para não se traírem eles ignoravam que hoje era ontem e haveria amanhã.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho do conto Onde estivestes de noite.

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É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Nota: Trecho do conto Perdoando Deus.

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Por que quero fazer de mim um herói? Eu na verdade sou anti-heroica. O que me atormenta é que tudo é "por enquanto", nada é "sempre".

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Com exceção de uns poucos, todos têm medo de mim como se eu mordesse.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sem uma palavra. Mas teu prazer entende o meu.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Olhava longe, sem rancor.

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E eis que de repente agora mesmo vi que não sou pura.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica O vestido branco.

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Recuso-me a ser um fato consumado. Por enquanto sobrenado na preguiça.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Conversa descontraída: 1972.

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Redondo sem início e sem fim, eu sou o ponto antes do zero e do ponto final. Do zero ao infinito vou caminhando sem parar.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Tudo tem que ser bem de leve para
eu não me assustar e não assustar os
que amo.
Pedem-me pouco, pedem-me quase nada.
O terrível é que eu tenho muito para dar
e tenho que engolir esse muito e ainda
por cima dizer com delicadeza: obrigada
por receberem de mim um pouquinho de mim.

Clarice Lispector
Varin, Claire. Línguas de fogo. São Paulo: Limiar, 2002.

E do silêncio tem vindo o que é mais precioso que tudo: o próprio silêncio.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica Anonimato.

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Não é confortável o que te escrevo. Não faço confidências. Antes me metalizo. E não te sou e me sou confortável.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Eu sei de muito pouco. Mas tenho a meu favor tudo o que não sei e – por ser um campo virgem – está livre de preconceitos. Tudo o que não sei é a minha parte maior e melhor: é minha largueza. É com ela que eu compreenderia tudo. Tudo o que eu não sei é que constitui a minha verdade.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Diálogo do desconhecido.

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Tudo acaba, mas o que te escrevo continua. (...) O melhor está nas entrelinhas.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.