Frases de Escritores Brasileiros
Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando...
Eu sonho acordada, mesmo como uma mocinha de quinze anos. É o que se chama de sonho estéril. Imagino conversas, imagino situações e cenas – pareço nunca ter tido nenhuma experiência.
Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira.
Já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.
(Para não esquecer)
O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas.
(Água viva)
Parece que às vezes sou espontânea demais e isso me torna engraçada.
O esquecimento das coisas é minha válvula de escape. Esqueço muito por necessidade.
Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer?
E eu impávida finjo que não tenho dono. Pontas de cigarro apagadas eu recebo. Um dia vou pegar fogo. De noite fico sozinha no escuro, vazia, pousada num canto do chão. Meu silêncio fede. Ai de mim, que sou o receptáculo da morte das coisas.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo.
Quando estou sozinha procuro não pensar porque tenho medo de de repente pensar uma coisa nova demais para mim mesma.
E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
– Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Tão carente que só o amor de todo o universo por mim poderia me consolar e me cumular.
Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto.
Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres.
Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz.
Não tenho nenhuma saudade de mim – o que já fui não mais me interessa!
É egoísta e cobiçosa. Não larga as pessoas em parte por amor, em parte por não saber romper.
Ela preferia mil vezes que estivesse chovendo porque seria muito mais fácil dormir sem medo do escuro.