Frases de Escritores Brasileiros

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Cada pessoa é um mundo, cada pessoa tem sua própria chave e a dos outros nada resolve; só se olha para o mundo alheio por distração, por interesse, por qualquer outro sentimento que sobrenada e que não é o vital; o ‘mal de muitos’ é consolo, mas não é solução.

Clarice Lispector
A bela e a fera. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho do conto Gertrudes pede um conselho.

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Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Minha bondade tem limites: não posso proteger quem me ofende.

Clarice Lispector
Moser, Benjamin. Clarice, uma biografia. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu e minha liberdade que não sei usar.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Não se compreende música: ouve-se. Ouve-me então com teu corpo inteiro.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Coragem e covardia são um jogo que se joga a cada instante.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Medo da libertação.

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Então sonhei um sonho tão bom: sonhei assim: na vida nós somos artistas de uma peça de teatro absurdo escrita por um Deus absurdo. Nós somos todos os participantes desse teatro: na verdade nunca morremos quando acontece a morte. Só morremos como artistas. Isso seria a eternidade?

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

E talvez só o pensamento me salvasse, tenho medo da paixão.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Ouve-me, ouve o meu silêncio.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Laranja na mesa. Bendita a árvore que te pariu.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Amor à terra.

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E tudo era muito para um coração de repente enfraquecido que só suportava o menos, só podia querer o pouco aos poucos.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quando eu penso, estrago tudo. É por isso que evito pensar: só vou mesmo é indo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Queria que você, sem uma palavra, apenas viesse.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E solidão é não precisar. Não precisar deixa um homem muito só, todo só.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que cegamente me obedeço.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Como fazer se não te enterneces com meus defeitos,
enquanto amei os teus.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Deus vinde a mim e não tenho alegria e minha vida é escura como a noite sem estrelas e Deus por que não existes dentro de mim? por que me fizeste separada de ti?

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.